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Charlie Hebdo causa revolta ao satirizar terremoto na Turquia

Jornal francês fez piada com tremor que já matou milhares de pessoas na Turquia e na Síria

Paulo Moura - 09/02/2023 08h22 | atualizado em 09/02/2023 12h55

Usuários das redes sociais manifestaram revolta e indignação com uma charge publicada pelo jornal francês Charlie Hebdo na última segunda-feira (6) contendo uma sátira ao terremoto que atingiu a Turquia e a Síria e matou mais de 15 mil pessoas. Assinado por Pierrick Juin, o desenho mostra escombros e traz a legenda “não é preciso enviar tanques”.

A publicação foi feita pelo Charlie Hebdo no mesmo dia em que ocorreu o sismo. Nas redes, a reação foi imediata e vários comentários com termos como “nojento”, vergonhoso” e “revoltante” foram vistos na postagem. A artista iraquiana Rahma Riad declarou: “Vocês reivindicam humanidade e são monstros humanos”.

Charge do Charlie Hebdo que causou revolta nas redes sociais Foto: Reprodução/Twitter

O Charlie Hebdo ficou conhecido após um atentado terrorista feito à redação do jornal em janeiro de 2015, que deixou 12 pessoas mortas. Na época, o ataque foi visto como uma retaliação às charges satíricas do veículo contra Maomé, o profeta do Islã.

Um dos comentários na postagem feita pelo jornal, da turca Öznur Küçüker Sirene, uma especialista em relações internacionais, lembrou que os turcos manifestaram solidariedade à revista após o episódio de 2015, mas que hoje o veículo se atreve “a zombar do sofrimento de todo um povo”.

– Vocês realmente precisam de coragem para fazer isso quando ainda há bebês esperando por ajuda sob os escombros – escreveu.

A charge também recebeu um comentário de Ibrahim Kalin, um porta-voz presidencial turco, que chamou o veículo de “bárbaros modernos”.

– Sufocai-vos no vosso ódio e rancor – completou Kalin.

Mais de 15,8 mil mortes já foram registradas em decorrência do terremoto de magnitude 7,8 que abalou a região central da Turquia e o norte da Síria na última segunda. Na Turquia, o balanço oficial na manhã desta quinta-feira (9) é de 12.873 mortos. Já o governo e os rebeldes da Síria – que controlam parte do norte do país – contabilizam 2.950 óbitos.

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