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Cerca de 50 mulheres cristãs são sequestradas por grupos radicais

Dois grupos de mulheres foram capturadas e poucas voltaram para narrar o acontecido

Natalia Lopes - 16/01/2023 13h55 | atualizado em 16/01/2023 15h23

Cerca de 50 mulheres cristãs são sequestradas por grupos radicais Foto: Portas Abertas

Extremistas islâmicos são suspeitos de sequestrarem cerca de 50 mulheres cristãs em dois incidentes na última semana no norte de Burkina Faso, na África Ocidental.

– As mulheres se reuniram para apanhar folhas e frutos silvestres na mata, porque não havia nada para comer – contou um morador, acrescentando que na ocasião elas saíram com seus carrinhos.

De acordo com o jornal The Guardian, aproximadamente 40 mulheres foram capturadas, na última quinta-feira (12), a cerca de 12 quilômetros a sudeste de Arbinda, em Burkina Faso.

– Na quinta à noite, quando elas não voltaram, pensamos que tinha acontecido algum problema com os carrinhos. Mas três sobreviventes voltaram para contar o que aconteceu – disse outro morador.

Então, na sexta-feira (13), cerca de outras 20 mulheres foram sequestradas oito quilômetros ao norte de Arbinda. Elas não sabiam sobre o primeiro sequestro.

– Em ambos os grupos, algumas mulheres conseguiram escapar e voltar para a vila a pé. Achamos que os sequestradores as levaram para suas bases – um morador acrescentou.

Autoridades locais confirmaram os sequestros e disseram que o exército e auxiliares civis realizaram buscas sem sucesso na área.

Arbinda está na região do Sahel, no norte de Burkina Faso, uma área sob controle de grupos radicais islâmicos e com suprimentos de comida limitados. A cidade e as áreas ao redor são regularmente assolados por ataques extremistas que muitas vezes fazem civis de alvo.

Em agosto de 2021, 80 pessoas, incluindo 65 civis, foram mortas em um ataque em um comboio que os levava a Arbinda. Em dezembro de 2019, 35 civis estavam entre um grupo de 42 pessoas que morreram em um ataque à própria cidade.

Em muitas partes de Burkina, plantações não podem mais ser cultivadas por causa do conflito. A população de Arbinda é muito dependente de abastecimento alimentar externo. Em novembro de 2022, Idrissa Badini, um porta-voz da sociedade civil, emitiu um alerta sobre a situação de Arbinda.

Burkina Faso está em 32ª posição da Lista Mundial da Perseguição 2022, que classifica os 50 países onde os cristãos são mais perseguidos. A perseguição e a violência contra cristãos no país já fizeram milhares de deslocados e têm agravado a situação da população já assolada com crises políticas e econômicas.

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