Gabriela Doria - 02/02/2021 16h14 | atualizado em 02/02/2021 16h37

Um casal de milionários do Canadá foi descoberto ao passar-se por pessoas pobres, para conseguir furar a fila da vacina contra a Covid-19. Rodney Baker, presidente de uma empresa que administra hipódromos e cassinos, e sua esposa, Ekaterina Baker, atriz de cinema, deslocaram-se até Beaver Creek, uma pequena cidade na fronteira com o Alasca, e passaram-se por funcionários de um motel local.

Com apenas 100 habitantes, Beaver Creek é uma comunidade de descendentes de povos indígenas que habitaram a região. Por este motivo, a cidade entrou no grupo prioritário da vacinação no país.

Aproveitando-se da oportunidade, o casal Baker se apresentou às autoridades de saúde locais como funcionários recém-contratados de um motel local, o que daria a eles o direito de serem imunizados. Rodney e Ekaterina chegaram até a mostrar documentos do seguro médico da Colúmbia Britânica e alegaram que não tinham comprovante de residência porque não passariam muito tempo na cidade.

Eles conseguiram tomar a primeira dose da vacina da Moderna, mas despertaram desconfiança porque, logo em seguida, pediram transporte para o aeroporto. Então, agentes de saúde ligaram para o motel e foram informados de que Rodney e Ekaterina não trabalhavam no local. Eles também não foram encontrados no endereço onde disseram estar hospedados.

Pouco tempo depois, Rodney e Ekaterina foram achados ainda no aeroporto. Cada um recebeu uma multa de 1.150 dólares canadenses, cerca de R$ 5 mil, por não cumprirem a quarentena obrigatória. Eles também poderão ficar presos por seis meses.

A líder da reserva indígena White River e a oficial de saúde britânica Bonnie Henry exigiram punições mais severas para este tipo de caso e condenaram a atitude do casal.

– Eles deveriam ter vergonha de si mesmos. Colocaram uma comunidade em risco, pensando em seu próprio benefício, e isso para mim é espantoso – disse.

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