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Casal é condenado por orar em vez de levar bebê ao médico

Tribunal considerou atitude como homicídio e negligência

Ana Luiza Menezes - 12/07/2018 15h30 | atualizado em 13/07/2018 12h06

Bebê morreu porque não foi ao médico Foto: Pixabay

Os pais de um bebê recém-nascido, que ficou doente e morreu sem assistência médica, foram considerados culpados por um tribunal do Oregon, nos Estados Unidos. O juiz os sentenciou a sete anos de prisão por homicídio, negligência e maus-tratos.

O advogado de defesa chegou a ler uma declaração por escrito na qual o casal se dizia arrependido de não ter prestado socorro ao bebê. É possível que a pena seja reduzida por bom comportamento.

Sarah Mitchell, de 25 anos, e seu marido, Travis Lee Mitchell, de 22, deixaram a filha Gennifer morrer ao não levá-la para o médico porque preferiam apenas orar. O caso aconteceu no ano passado. Ambos são membros de uma pequena congregação ultrarreligiosa conhecida como Seguidores de Cristo, na qual os membros rejeitam a atenção médica e, em vez disso, acreditam na cura pela fé.

Não é a primeira vez que um membro da família deixa uma criança morrer. A irmã de Sarah, Shannon, e seu marido, Dale Hickman, deixaram seu filho recém-nascido morrer em 2009. Eles só conseguiram mantê-lo vivo por nove horas. Na época, eles também foram condenados.

Casal foi condenado Foto: Divulgação

ENTENDA O CASO
Sarah não sabia que estava grávida de gêmeos. Durante todo o processo de gravidez, ela não recorreu aos médicos nem fez pré-natal. No dia 5 de março de 2017, quando deu à luz naturalmente em casa, as duas meninas começaram a ter dificuldades respiratórias sérias. Ela e o marido avisaram a comunidade para que orassem a fim de salvar os gêmeos. Ninguém ligou para o 911 para solicitar uma ambulância.

O relatório da morte indicou que Gennifer morreu como resultado de “complicações porque era prematura”.

Inesperadamente, a morte de Gennifer causou a salvação de sua irmã gêmea, Evelyn. Depois de saber da morte da recém-nascida, as autoridades iniciaram uma investigação e decidiram visitar as condições da casa onde ela nasceu.

Um médico forense, observando que sua irmãzinha também tinha dificuldades para respirar, levou-a para um centro hospitalar onde salvaram sua vida.

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