Gabriela Doria - 26/04/2021 10h28 | atualizado em 26/04/2021 10h51

A Casa Branca admitiu publicamente que as ações do governo de Joe Biden para impedir a atividade de hackers russos nos EUA são “improváveis” contra os ataques.

De acordo com Anne Neuberger, assessora de segurança nacional do país, os hackers que invadiram informações do governo por meio de brechas no software SolarWinds, no fim do ano passado, continuam à espreita.

– Expulsar os hackers russos das redes do governo dos EUA e levá-los a reconsiderar seu comportamento maligno vai levar tempo, [exigirá] diálogo mais abrangente e mudanças fundamentais na segurança cibernética norte-americana – explicou Neuberger em entrevista à CNN.

Recentemente, Biden convocou o Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR) por causa da identificação de sérias violações em todas as redes do governo dos EUA. Por este motivo, Neuberger admitiu também a possibilidade de hackers russos ainda estarem ativos nas redes americanas e o governo ainda não ter sido capaz de realizar mudanças significativas para dificultar os ciberataques.

– Para realmente moldar o uso do ciberespaço em um país, é necessário moldar o cálculo que eles usam sobre o valor e o custo. O SVR é um ator sofisticado e persistente. Eles desempenham um papel como parte da coleta de inteligência da Rússia, em missão de influência maligna. E sabemos que moldar esse cálculo não será uma ação – indicou.

Desde que houve a invasão dos sistemas da SolasWinds, uma profunda revisão das redes dos EUA revelou “lacunas significativas” na segurança cibernética do país, as quais Neuberger classificou como “desagradáveis”.

– Claramente, nossa estratégia até agora não tem funcionado, porque vemos um crescimento na atividade cibernética [russa] – disse Neuberger.

Leia também1 Joe Biden reconhece genocídio armênio e irrita Turquia
2 FDA aprova retomada 'imediata' de uso da vacina da J&J nos EUA
3 Trump sinaliza candidatura à presidência em 2024
4 EUA elogiam 'tom positivo' de discurso de Bolsonaro na Cúpula
5 Em discurso, presidente chinês defende 'nova ordem mundial'