Carlos Ghosn nega ter cometido irregularidades fiscais
Ex-presidente da Nissan Motor está sendo interrogado no Japão
Ana Luiza Menezes - 25/11/2018 16h26
O ex-presidente da Nissan Motor, e principal responsável da aliança com Renault e Mitsubishi, Carlos Ghosn, negou ter cometido irregularidades fiscais por supostamente ter declarado remunerações inferiores às recebidas. Aos 64 anos, ele está sendo interrogado pela Promotoria de Tóquio, à qual teria dito que não teve intenção de infravalorizar o seu salário em informações ao regulador da bolsa.
De acordo com informações da emissora japonesa NHK, o ex-diretor da Nissan Greg Kelly, detido junto com Ghosn por sua participação nas supostas infrações, defendeu que o salário de Ghosn foi discutido com as pessoas pertinentes e gerenciado “adequadamente”.
Ghosn e Kelly foram detidos no último dia 19 por supostamente ter infringido a legislação de instrumentos financeiros japonesa, porque Ghosn teria declarado remunerações menores aos números reais para o regulador da Bolsa de Tóquio durante muitos anos, segundo os poucos detalhes divulgados oficialmente.
No caso do ex-presidente da firma foram descobertos outros vários atos de más condutas, como o uso pessoal de bens da companhia.
Segundo fontes empresariais, de da Justiça, citadas pela imprensa japonesa, Ghosn teria subavaliado seu salário em cerca de 8 bilhões de ienes entre 2010 e 2017. Ele não teria reportado lucro pela valorização da bolsa dos seus direitos de ações e teria utilizado em benefício próprio fundos da Nissan destinados a investimentos.
*Com informações da Agência EFE