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Covid-19: Brasileiros na Itália falam sobre isolamento social

Moradores de diversas cidades afirmaram que Brasil ainda pode prevenir surto

Camille Dornelles - 16/03/2020 16h50 | atualizado em 16/03/2020 18h12

Adolescente brasileira faz intercâmbio na Itália Foto: Reprodução

A modelo brasileira Andrea Krakhecke Carone, de 41 anos, mora na Itália há 20 anos e fez um alerta para os brasileiros sobre a ameaça do novo coronavírus. Em mensagem enviada para o Pleno.News, a gaúcha explica que não é momento de pânico e nem desespero, mas que é preciso cuidar da prevenção.

– Eu acho que a Itália está fazendo um ótimo trabalho, é incrível ver o amor das pessoas nas redes sociais e todo mundo do país está unido porque quer ver a Itália sendo o país maravilhoso que sempre foi. Que esse pesadelo passe o mais rápido possível. Não é o momento de entrar em pânico ou desespero, mas é o momento da prevenção. Muitas pessoas vão precisar dos hospitais e de cuidados médicos no momento de pico, então vamos prevenir e nos cuidar – declarou.

Ela defendeu que as medidas de prevenção são importantes.

– Prevenção é o único caminho que a gente pode seguir para poder conter esse vírus. Lavar bem as mãos e todas as recomendações que o governo está dizendo. Aqui começou em uma cidadezinha que foi fechada pelo governo para tentar conter o vírus. Mas, infelizmente, o contágio é muito rápido e é muito fácil ser contagiado – explicou.

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Gaúcha, Andrea é casada com um italiano e tem dois filhos. #PlenoNews #COVID19 #Coronavírus

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Além de Andrea, outros brasileiros que residem na Itália conversaram com o portal sobre a pandemia do Covid-19. Anna Julia Pegorari é uma estudante de 17 anos que está em Giovinazzo, região da Puglia, sul da Itália, fazendo intercâmbio. A universitária contou que ela e a família que a abrigou estão reclusos em casa.

– Só se pode sair de casa para comprar comida, remédio e para ir trabalhar, mas a maioria dos comércios e restaurantes estão fechados. O supermercado, para entrar, só entra uma pessoa por vez. A fila se faz fora com um metro de distância entre cada pessoa. No sul não houve nada de escassez de comida e nem estoque de comida. Eu não estou assustada com o vírus, mas com a possibilidade de não conseguir voltar para o Brasil se eu quiser. Aqui no sul da Itália não está tendo problemas com a locomoção, mas eu não saí de casa desde que começou a quarentena, então não sei como está a situação nas ruas. Os médicos ligam para a casa das pessoas todos os dias para acompanhar sintomas e o governo está dando um bom suporte para os infectados – esclareceu.

Adolescente brasileira faz intercâmbio na Itália Foto: Reprodução

Em um vídeo divulgado em seu canal do YouTube, a brasileira Ana Regina Barroso afirmou que o que ocorre na Itália pode ser evitado no Brasil.

– Vocês estão ainda muito no começo e podem evitar chegar onde nós aqui na Itália chegamos. As mensagens para nós eram muito esperançosas para não nos preocuparmos. E, por acreditarmos nisso não achamos problema em sair, passear, ir numa reunião de família. Ninguém sabe exatamente a quem atinge e todo dia aparecem milhares de casos novos. Então, na verdade, só existe uma proteção: ficar em casa com os seus familiares e não saírem para nada. Até os supermercados hoje a gente está pedindo online e tem que pedir com muita antecedência. Eu fiz uma compra dia 7 de março e vai entregar dia 24! Mas para a gente tomar essas atitudes demoramos muito e é por isso que eu peço para o Brasil, que é o meu povo, que tome essas atitudes hoje e que acredite que a coisa não é tão fácil – relatou, preocupada.

Outros brasileiros no país, como a designer de interiores Marcella Calmon, o estudante Bruno Radighieri e a consultora de internacionalização Karine de Souza também falaram do isolamento social. Bruno afirmou que ficou assustado com a velocidade do contágio e Karine, que mora em Ravena, declarou que a convivência obrigatória tem prós e contras, novas estratégias, mas que é preciso tentar relaxar e viver com esperança de que passe rápido.

– Apenas fábricas, farmácias e lojas de produtos alimentares podem ficar abertos normalmente. Então é melhor ficar em casa. Na cidade em que tudo começou aqui na Itália os comerciantes decidiram por conta própria fechar tudo, fizeram uma quarentena por 18 dias e hoje não apresentam nenhum contágio. Isso dá um grande senso de otimismo. É difícil ficar em casa, mas vale a pena – diz Marcella.

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A designer Marcella é de Vitória, no Espírito Santo, mora na Itália há 15 anos e conta como é a situação no país. #PlenoNews #COVID19 #Coronavírus

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