Pleno.News - 27/07/2020 17h37 | atualizado em 27/07/2020 19h05

Nesta segunda-feira (27), o deputado federal Marco Feliciano compartilhou, em suas redes sociais, o relato que uma brasileira fez sobre como o comunismo é visto na Polônia. Ela vive no país europeu, e explicou o que a população de lá pensa sobre o sistema que vigorou no país por vários anos.

Leia o relato da brasileira:

Até 1989, ainda era comunista aqui. E estava sob domínio russo. E tinha tropas russas aqui na Polônia até 1992. Então eles odeiam ser comparados com os russos. E isso leva ao próximo ponto que é: Não defenda o comunismo aqui. Você pode ser do partido comunista no Brasil, pode achar que é muito legal, mas quem viveu o comunismo polonês não gosta do comunismo. Inclusive acabou de passar uma lei que vai trocar todos os nomes de ruas que ainda existem homenageando pessoas da época do comunismo.

A Polônia não teve escolha de se tornar comunista. Foi um tratado que os Estados Unidos fizeram com a Rússia depois da guerra, e ninguém parou para perguntar aos poloneses o que eles queriam. Durante o comunismo teve lei marcial, aonde os tanques de guerra andavam pelas ruas, pessoas desapareciam e tudo era racionado. Você recebia um cartãozinho, que dizia quanto você podia pegar de comida no mercado.

As pessoas podiam consumir apenas 7 rolos de papel higiênico por ano.

Até hoje o polonês é muito diferente do brasileiro. Ele é muito desconfiado, não é tão aberto quanto a gente. E um dos principais motivos é o comunismo. Porque durante o comunismo, você tinha que andar olhando para o chão. Tinha que andar fechado. Se você tivesse rindo muito, já vinha um guarda saber o que estava acontecendo. Não podia reunir mais de duas pessoas na rua. Você podia ser preso simplesmente por fazer um grupo de três pessoas e parar para conversar.

Então se você parar e for defender o comunismo, eles não vão falar nada, porque a maioria dos poloneses é muito quieta, mas eles simplesmente vão te achar um babaca. Então, se você quiser aprender sobre o comunismo e perguntar, existem vários museus aqui. Existem vários documentos. E as pessoas contam as histórias se você vier perguntar de boa. Mas se você já vier falando que o comunismo que era bom, eles vão dar risada. Vão falar “bom para quem? Bom para você que estava no Brasil enquanto a gente estava aqui no comunismo”.

Leia também1 Venezuelano 'detona' Felipe Neto: "Respeite, seu moleque"
2 Estátua controversa de Lenin é inaugurada na Alemanha
3 Bolsonaristas bloqueados criam novas contas e bombam de seguidores
4 Garcia: 'Bolsonaro é prova de que cloroquina dá certo'
5 Entes sindicais denunciam Bolsonaro no Tribunal de Haia