Bolsonaro concede entrevista a uma emissora de TV italiana
"O Brasil não será mais um território de abrigo de marginais", disse o presidente
Ana Luiza Menezes - 17/01/2019 19h39

Nesta quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro compartilhou o link de sua entrevista a um jornal italiano. Nas redes sociais, o governante comentou que abordou temas como terrorismo e Davos.
Bolsonaro também comentou a prisão de Cesare Battisti. Ele explicou que sempre foi a favor da extradição, porém o governo do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva decidiu mantê-lo no Brasil.
– Durante a campanha eleitoral, eu disse que até onde dependesse de mim seria extraditado. A mensagem é que o Brasil não será mais um território de abrigo de marginais, de criminosos, de prisioneiros políticos. Essa é a minha mensagem – afirmou o presidente.
O líder brasileiro disse ainda que está muito feliz por poder colaborar com todos os cidadãos italianos e brasileiros. Ao ser questionado sobre como um homem acusado de homicídios pôde ter sido protegido durante tantos anos, ele explicou casos de que aconteceram durante o regime militar no Brasil. Bolsonaro explicou que o antigo governo brasileiro aceitou Battisti porque compactuava com sua ideologia.
– Vivemos uma guerra no Brasil, de 1964 a 1985. Em 1970 eu tinha 15 anos. Eu tinha conhecido o Exército Brasileiro no interior de São Paulo. O Exército estava perseguindo um guerrilheiro, um desertor, Carlos Lamarca. Lamarca fazia parte da vanguarda popular revolucionária, um grupo terrorista responsável por várias ações no Brasil, incluindo uma bomba que matou um soldado e da execução de um tenente. E quem comandava era esse elemento, Carlos Lamarca. Fazia parte dessa organização terrorista, a senhora Dilma Rousseff – declarou.
Durante a entrevista, Bolsonaro foi informado que o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anseia vê-lo no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O apresentador afirmou que o líder deseja agradecer pessoalmente pela cooperação no caso de Battisti.
– Direi a Conte que não deve me agradecer. Nós é que somos muito gratos à ele porque nos livrou de um elemento que incomodava a maioria dos brasileiros – falou.
Por ser de origem italiana. Bolsonaro revelou que sua família é originária de Lucca. Questionado sobre uma possível visita ao país, Bolsonaro sorriu e disse que tem uma data importante, referindo-se ao dia 8 de maio, Dia da Vitória.
– Vendo nossa agenda, gostaria muito de participar dessa comemoração, que é sempre realizada. Farei o possível para estar lá. E, pela primeira vez, estarei visitando a terra dos meus avós – concluiu Bolsonaro.

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