Leiliane Lopes - 13/10/2022 14h31 | atualizado em 13/10/2022 14h47

Uma jovem belga de 23 anos morreu após conseguir autorização para eutanásia. Ela apresentou como justificativa do pedido de morte assistida o sofrimento psíquico que desenvolveu após presenciar ataques terroristas promovidos pelo Estado Islâmico em Bruxelas em 2016.

O ataque deixou 32 mortos e 300 feridos, entre eles Shanti de Corte que passou por vários tratamentos terapêuticos e chegou a ser internada em hospitais psiquiátricos, mas não teve melhoras.

Por isso, ela pediu para morrer e a eutanásia foi realizada na última sexta-feira (7), segundo informações do jornal belga RTBF.

Um professor de Shanti deu depoimentos de que a jovem já sofria de transtornos psíquicos antes do atentado, mas que eles foram agravados pelo que aconteceu no aeroporto da capital do país.

Antes de entrar com o pedido de eutanásia, a jovem fez algumas tentativas de suicídio, mas sobreviveu. Outros pedidos de morte assistida foram feitos por ela, mas foram recusados.

A última solicitação foi feita em abril deste ano, com assinatura de dois psiquiatras e apoiada por uma associação especializada em eutanásia e suicídio assistido. Então, a justiça autorizou o procedimento.

À imprensa local, o neurologista belga Paul Denterne comentou que a morte assistida não era a recomendação ideal para jovens, pois “havia outros cuidados médicos que poderiam ter sido propostos”.

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