Bebê em estado vegetativo tem tratamento vetado na Itália

Pais de Alfie Evans recorrerão da decisão do Reino Unido

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O bebê Alfie Evans Foto: Reprodução/Facebook

Os pais do bebê Alfie Evans, em estado vegetativo por uma rara doença degenerativa, recorrerão nesta quarta-feira (25) contra a proibição imposta pelo Tribunal Superior de Manchester de transferir a criança a um hospital em Roma, Itália, onde poderia continuar seu tratamento, informaram os seus advogados.

Tom Evans, de 21 anos, e Kate James, de 20, que lutam para que o Reino Unido permita que eles tirem seu filho do país, confirmaram à emissora britânica BBC que a corte de apelação estudará hoje o caso de Alfie Evans, de 23 meses.

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Ontem, a justiça britânica voltou a reiterar a proibição de levar a criança ao hospital pediátrico Bambino Gesù, gerenciado pelo Vaticano, onde poderia continuar se tratando, embora tenha permitido que deixasse o hospital Alder Hey Children’s de Liverpool, onde permanece internado desde dezembro de 2016, para ir à sua casa.

O governo da Itália concedeu na segunda-feira (23) a nacionalidade italiana ao bebê com o intuito de permitir sua “mudança imediata” a Roma, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores.

– Três juízes escutarão o caso – informou ontem à noite Tom Evans, que disse que seu filho “já poderia estar na Itália”, já que conta com um “avião e uma equipe médica” disponibilizado pelo Ministério de Defesa italiano, assim como uma ambulância.

– A realidade é que estas pessoas estão dispostas a levá-lo e não me renderei porque Alfie está respirando e não está sofrendo – argumentou o pai do bebê, que teve sua causa rejeitada nas diferentes instâncias judiciais do Reino Unido, bem como na Corte Europeia de Direitos Humanos de Estrasburgo.

O menino foi desligado dos aparelhos que o mantinham com vida na segunda-feira (23) durante a noite, após os médicos terem considerado que seu estado é “irreversível”, mas Alfie continua vivo, algo que, segundo seus pais, deixou os especialistas “atônitos”.

Centenas de pessoas se manifestaram nos últimos dias para expressar seu apoio e solidariedade ao bebê e sua família para que o menino tenha o direito de continuar seu tratamento médico.

O papa Francisco se pronunciou sobre o assunto e pediu que se escute “o sofrimento” de seus pais e se cumpra “o seu desejo de tentar novas possibilidades de tratamento”.

*Com informações da Agência EFE

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