Banco Central da Argentina eleva juros a 118% após eleições prévias
Candidato Javier Milei propõe acabar com a autoridade monetária e dolarizar a economia
Leiliane Lopes - 14/08/2023 17h25 | atualizado em 14/08/2023 17h54

Nesta segunda-feira (14), o Banco Central da República da Argentina aumentou a taxa de juros em 21 pontos porcentuais, elevando-a para 118%.
Outra mudança do Banco Central argentino foi elevar o câmbio oficial em 22%, assim, cada dólar será vendido a 350,05 pesos (aproximadamente R$ 4,94). Na prática, o peso argentino fica desvalorizado em 18%.
Em comunicado, a instituição afirmou que as mudanças visam “ancorar as expectativas cambiais e minimizar o grau de repasse aos preços, tender a retornos reais positivos dos investimentos em moeda local e favorecer o acúmulo de reservas internacionais”.
– A autoridade monetária considera conveniente reajustar o nível das taxas de juro dos instrumentos de regulação monetária, em linha com a recalibração do nível da taxa de câmbio oficial – diz o documento.
A mudança aconteceu um dia após as eleições Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso) que resultou em quase um terço dos eleitores (30,04% dos votos) escolhendo Javier Milei como favorito para a Presidência do país.
Milei se propõe a dolarizar a economia, eliminar o Banco Central e cortar gastos públicos. Sua vitória neste domingo (13) gerou forte pressão sobre o câmbio e os mercados de renda fixa e variável da Argentina.
Leia também1 Haddad alfineta Lira: "Câmara não pode humilhar Executivo"
2 No Havaí, pastor que perdeu tudo consola sobreviventes
3 Ministro censura advogado pró-Bolsonaro em sistema do TSE
4 Governo Lula quer gastar R$ 200 milhões para impulsionar redes
5 Em carta, pais chamam Larissa Manoela de "ingrata"