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Balenciaga processa produtora por campanha controversa

Caso está relacionado à campanha que continha imagens de uma decisão da Suprema Corte dos EUA sobre pornografia infantil

Paulo Moura - 29/11/2022 13h48 | atualizado em 29/11/2022 13h59

Balenciaga está processando produtoras por causa de campanha Foto: Unsplash

A marca de luxo Balenciaga decidiu processar a produtora que está envolvida na campanha publicitária da empresa para a coleção da primavera de 2023 após uma papelada contendo uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre pornografia infantil ser identificada em uma das imagens.

O processo em questão foi iniciado na última sexta-feira (25) na Suprema Corte de Nova Iorque e pede R$ 25 milhões (R$ 132,4 milhões) em danos da produtora North Six, do cenógrafo Nicholas Des Jardins e da empresa dele. De acordo com a notificação judicial, a Balenciaga contratou a North Six e Des Jardins para desenvolver e produzir sua campanha da primavera de 2023.

A campanha, que teve a participação de nomes como a atriz Nicole Kidman e a modelo Bella Hadid, tinha como objetivo replicar um ambiente corporativo, com tomadas realizadas em um “espaço de escritório de Manhattan”.

No entanto, em uma das fotos era possível ver uma página da decisão do processo Estados Unidos v. Williams, de 2008, que confirmou “como ilegal e não protegido pela liberdade de expressão a promoção de pornografia infantil”. A empresa afirmou no documento judicial que não teria conhecimento e não autorizou a inclusão da papelada nas fotos.

À CNN dos Estados Unidos, a Balenciaga disse que todos os itens incluídos no ensaio “foram fornecidos por terceiros que confirmaram por escrito que esses adereços eram documentos de escritório falsos” e que seriam imitações de documentos reais “provavelmente provenientes da filmagem para televisão”.

O processo judicial alega que, como resultado das ações dos réus, “os membros do público, incluindo a mídia, associaram a Balenciaga de forma falsa e horrível ao assunto repulsivo e profundamente perturbador da decisão do tribunal”. A empresa ainda defende que a North Six e Des Jardins devem ser responsabilizados por “todos os danos resultantes desta falsa associação”.

A advogada de Nicholas Des Jardins e sua empresa Nicholas Des Jardins LLC, Amelia Brankov, disse em uma declaração por e-mail à CNN que “não havia nenhum esquema malévolo acontecendo” e que, como a Balenciaga sabe, “várias caixas de documentos simplesmente foram provenientes de uma casa de apoio como itens de aluguel”.

Já um representante da North Six disse que a produtora “não teve contribuição criativa ou controle sobre as filmagens” e que a empresa “não estava no set durante os arranjos finais”.

CAMPANHA POLÊMICA COM CRIANÇAS
A Balenciaga também está no centro de uma controversa campanha recente que apresentou fotos de crianças abraçando ursinhos de pelúcia e vestindo roupas fetichistas. Posteriormente, a empresa chegou a pedir desculpas e disse que havia “removido imediatamente a campanha de todas as plataformas”.

A socialite Kim Kardashian, que foi embaixadora da grife, se manifestou sobre a campanha no último domingo (26), após receber uma enxurrada de mensagens de fãs. Ela afirmou que estava “reavaliando” sua relação de trabalho com a Balenciaga e que, como mãe, ficou “abalada com as imagens perturbadoras”.

O fotógrafo Gabriele Galimberti, que fez as fotos das crianças, disse à CNN, em um comunicado na semana passada, que a direção e a filmagem da campanha com os ursinhos de pelúcia estavam fora de seu controle.

– Não estou em posição de comentar (sobre) as escolhas da Balenciaga, mas devo ressaltar que não tive direito de forma alguma a escolher os produtos, nem os modelos, nem a combinação dos mesmos. A direção da campanha e da filmagem não está nas mãos do fotógrafo – declarou.

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