Autores de atentado a Maduro teriam sido identificados
Incidente aconteceu no último sábado enquanto o presidente discursava em um evento
Jade Nunes - 06/08/2018 13h36 | atualizado em 06/08/2018 14h02

O procurador-geral da Venezuela, Tareq William Saab, anunciou nesta segunda-feira (6) que foram identificados todos os autores do atentado que o ditador Nicolás Maduro garante ter sofrido no último sábado (4) e do qual responsabiliza o governante colombiano, Juan Manuel Santos.
– Foram identificados todos os autores do fato e seus colaboradores imediatos. Também foi estabelecido o lugar em que eles se alojaram nos dias anteriores à tentativa de magnicídio – disse o procurador-geral na primeira entrevista coletiva desde que ocorreu o incidente.
Saab indicou que também foram identificados “os responsáveis por armarem os artefatos” e estabelecidas “as principais conexões internacionais dessas pessoas”, sem mencionar qualquer nome.
Maduro interrompeu no sábado um ato com militares no centro de Caracas depois de vários drones carregados com explosivos serem detonados próximo do local onde estava o presidente, informação que foi ratificada pelo Ministério Público.
– Foi uma tentativa não somente de magnicídio, porque o principal alvo era a figura do presidente, mas eu poderia qualificá-lo como uma tentativa de massacre porque estávamos lá presentes chefes de poderes públicos e o alto comando militar – ressaltou Saab nesta segunda.
O procurador reiterou que estes explosivos feriram oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) assim como causaram danos a edificações próximas.
Saab adiantou que graças à apuração feita até agora pelos quatro investigadores designados pelo Ministério Público já “se sabe os locais onde operaram os dois drones” e foram obtidas “provas de interesse”.
– No dia do fato foram detidas em flagrante duas pessoas que operavam um dos drones. Há testemunhas que viram o aparelho decolar e os identificaram – explicou o procurador, que afirmou que as investigações continuam.
Segundo o governo, as seis pessoas que foram detidas serão acusadas pela Procuradoria pelos crimes de traição à pátria, homicídio intencional qualificado em grau de frustração, homicídio frustrado e lesões graves, lançamento de bomba em reuniões públicas, terrorismo, formação de quadrilha e financiamento do terrorismo.
*Com informações da Agência EFE
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