Austrália reconhece Jerusalém como capital de Israel
Entretanto, país não pretende retirar embaixada de Tel Aviv
Ana Luiza Menezes - 11/12/2018 15h56 | atualizado em 11/12/2018 16h06
O governo australiano decidiu reconhecer Jerusalém como capital de Israel e deve fazer o anúncio oficial na quarta-feira (12). Porém, apesar do interesse de alinhar seu pensamento aos Estados Unidos, a Austrália não pretende retirar a embaixada de Tel Aviv.
Segundo o primeiro-ministro Scott Morrison, por enquanto a embaixada deve ser mantida onde está. Porém, a Austrália decidiu ter um consulado em Jerusalém, a cidade que é alvo de disputas entre israelenses e palestinos.
Uma emissora de TV australiana afirmou que a mudança da sede da embaixada custaria 200 milhões de dólares australianos (R$ 546 milhões). Além disso, a transferência poderia causar conflito entre a Austrália e a Indonésia, que é um país muçulmano que fica próximo a Austrália, cujo presidente Joko Widodo já tinha expressado suas preocupações diante do posicionamento dos australianos.
Apesar de não mudar o local do prédio da embaixada, a Austrália agora se une aos demais países que têm se aproximado de Israel por meio do reconhecimento de Jerusalém como capital. Em dezembro do ano passado, os EUA reconheceram a cidade como capital e cinco meses depois fizeram a mudança da embaixada. Em maio, a Guatemala também fez o mesmo.
Quanto ao Brasil, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) já afirmou que pretende transferir a embaixada para Jerusalém. Essa intenção foi confirmada novamente pelo filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), em novembro.
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