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Austrália condena arcebispo por omitir casos de pedofilia

Ele é o membro da Igreja Católica com cargo mais alto a ser sentenciado

Camille Dornelles - 22/05/2018 09h14 | atualizado em 19/07/2018 12h46

O arcebispo Phillip Wilson foi condenado a dois anos de prisão Foto: EFE/EPA/AAP

Nesta terça-feira (22), a Justiça australiana condenou o arcebispo de Adelaide, Philip Wilson, a dois anos de prisão. Ele foi apontado como responsável por acobertar casos de abusos sexuais de menores na década de 1970.

Ele foi autuado e preso, mas libertado após pagar fiança. No entanto, uma nova audiência no dia 9 de junho pode colocar o arcebispo de novo na prisão. O juiz do tribunal de Newcastle, Robert Stone, o considerou culpado de quatro casos de acobertamento de abusos sexuais cometidos pelo falecido sacerdote James Fletcher.

Fletcher teria forçado relações com um menino de 10 anos, identificado como Peter Creigh, em Newcastle, em 1971. Aos 15 anos, Creigh contou a Wilson o que teria ocorrido, mas o religioso não tomou providências. A história foi conhecida pelo juiz Stone após depoimento de Creigh.

O arcebispo de 67 anos se declarou inocente. Durante o processo, o advogado de Wilson, Sephen Odgers, chegou a afirmar que o religioso não poderia ser condenado por apresentar um quadro de Mal de Alzheimer e também porque “na época as ofensas eram consideradas atos indecentes e não crimes”.

O juiz acrescentou que não admite que Wilson, arcebispo de Adelaide desde 2001 e acusado em 2015, não lembre uma conversa que teve com Creigh em 1976 quando a vítima, que teria aproximadamente 15 anos, lhe descreveu o abuso cometido por Fletcher.

O arcebispo é o membro da Igreja Católica mais graduado a ser condenado por um crime de pedofilia. A Igreja Católica, com forte presença na Austrália, recebeu queixas de 4,5 mil pessoas por supostos abusos a menores cometidos por cerca de 1.880 membros desta instituição entre 1980 e 2015, embora alguns casos sejam da década de 1920.

*Com informações da Agência EFE

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