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Ativista pede que vítimas de violência sexual não se calem

Nadia Murad afirmou que é preciso uma mudança de pensamento na sociedade radical

Pleno.News - 17/12/2018 11h32 | atualizado em 17/12/2018 12h01

Nadia Murad pediu às mulheres para não se calarem diante da violência sexual Foto: EFE/Noushad Thekkayil

Vencedora do Nobel da Paz por lutar contra a violência sexual, a ativista iraquiana Nadia Murad pediu, neste domingo (16), que as mulheres não se calem diante dessa violência considerada um tabu no mundo árabe. Ex-escrava sexual após ser raptada pelo grupo terrorista Estado Islâmico, Nadia discursou durante o Fórum de Doha, no Qatar, que discutiu questões sobre economia e segurança global.

– Para mim foi muito difícil falar destes temas, que são tabus nas nossas sociedades. É algo que não se pode erradicar através da violência. As mulheres não falam do estupro, é importante superar esta vergonha, este tabu, falar, denunciar. Se a comunidade internacional não obriga que esses criminosos sejam julgados por este genocídio, haverá mais, portanto é importante que haja condenação deste genocídio e mudança destes pensamentos radicais, extremistas, que consideram que as mulheres não têm nenhum valor e as vendem como mercadoria – afirmou.

Nadia Murad é membro da minoria religiosa yazidi. Ela denunciou que a comunidade internacional não preveniu o genocídio dos yazidis e que está sendo feito muito pouco no terreno.

– Desde o genocídio apenas uma pessoa foi julgada por esses crimes, o que demonstra a negligência da comunidade internacional para a causa yazidi. O meu sonho é poder voltar ao meu povo e ter uma vida normal e abrir um salão de estética em Sinjar. De fato, espero que a violência sexual seja totalmente erradicada e vou ajudar as mulheres a se maquiarem e serem belas ao invés de ficar falando sobre essas coisas.

* Com informações da Agência EFE

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