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Atirador brasileiro foge de bombardeio na Ucrânia: ‘Não imaginava o que era uma guerra’

Tiago Rossi está na Polônia e afirma que retornará a Lviv e Kiev

Thamirys Andrade - 15/03/2022 12h01 | atualizado em 15/03/2022 12h39

Brasileiro que foi lutar na Ucrânia foge às pressas para Polônia: 'Não imaginava o que era uma guerra'
Rossi é instrutor de tiro no Paraná Foto: Reprodução |

Após se voluntariar como combatente na Ucrânia, o instrutor de tiro Tiago Rossi, do Paraná, contou ter deixado o país durante um ataque aéreo russo na região de Lviv no domingo (13). Rossi serve na Legião Internacional de Defesa do Território da Ucrânia e disse que seu grupo foi dizimado pela ofensiva russa.

– Lá tinha militares das forças especiais do mundo inteiro. As informações que a gente tem é que todo mundo morreu. Eles [russos] acabaram com tudo. Vocês não estão entendendo, acabou, acabou. A Legião foi exterminada de uma vez só. Eu não imaginava o que era uma guerra – desabafou.

Rossi detalhou os momentos do bombardeio, que teve início de madrugada. Ele e outros companheiros que escaparam estão atualmente na Polônia, que fica a 25 km da base onde se encontravam.

– Teve um bombardeio, às três horas da manhã teve o primeiro sinal. A sirene tocou. Deu cinco horas da manhã, nem tocou sirene e, de repente, veio um caça e soltou um míssil em cima da gente. Não teve o que fazer. A gente saiu correndo para o meio do mato. Começaram a soltar muitos mísseis em cima da gente – narrou.

De acordo com o brasileiro, a ofensiva destruiu toda a base, que servia de armazenamento de armas e equipamentos militares. Segundo ele, o plano é retornar a Lviv com novas armas e seguir para Kiev para ajudar refugiados e colegas militares.

– Nós vamos reagrupar, reequipar, pegar armamento, material e vamos voltar para Lviv para poder resgatar alguns refugiados que não conseguem sair. Tem alguns amigos travados, presos, em Kiev também, precisando de material e armamento – assinalou.

Conforme estimativas do governo ucraniano, o ataque à região de Lviv deixou 35 mortos e 134 feridos. Por outro lado, a Rússia sustenta que foram 180 mortes de “mercenários estrangeiros”, além da destruição de armas doadas pela Otan.

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