Pleno.News - 25/06/2024 19h39 | atualizado em 25/06/2024 20h33

Na noite do último domingo (23), igrejas e sinagogas foram atacadas nas cidades de Derbent e Makhachkala, no Daguestão, região sul da Rússia. O Ministério de Saúde do Daguestão relatou que 20 pessoas perderam a vida nos ataques. Entre os mortos estão Nikolai Kotelnikov, líder cristão ortodoxo que serviu a comunidade cristã em Derbent por mais de 40 anos, e um vigia da igreja. Nos ataques, 15 policiais perderam a vida e 25 ficaram feridos.

Em Makhachkala, extremistas islâmicos incendiaram a sinagoga local e atacaram um posto policial no centro da cidade. A polícia interditou várias ruas e ajudou 19 pessoas a deixarem a igreja ortodoxa. Houve relatos de tiroteios na aldeia de Sergokala, a 65 quilômetros de Makhachkala. No total, cinco extremistas morreram e seis ficaram feridos.

Aproximadamente 95% da população do Daguestão é muçulmana, incluindo alguns radicais pertencentes a grupos como o Estado Islâmico Khorasan (ISIS-K). Até o momento, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelos ataques.

Durante uma entrevista, o patriarca Kirill, líder da Igreja Ortodoxa russa, declarou que há um inimigo querendo destruir a paz inter-religiosa no país. Autoridades políticas acusaram o governo da Ucrânia pelos ataques.

O Daguestão já foi palco de conflitos entre extremistas e separatistas entre os anos 90 e 2000, e a Rússia enfrentou alguns ataques de radicais islâmicos nos últimos anos.

PERSEGUIÇÃO RELIGIOSA NA RÚSSIA
Embora a Igreja Ortodoxa russa conte com o apoio do governo, ela ainda enfrenta perseguição no Daguestão. Apesar de a Rússia não estar entre os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo, ocupa o 62º lugar na Lista de Países em Observação. Isso indica que, embora os cristãos não sejam totalmente livres para praticar sua fé, as igrejas ortodoxas russas enfrentam menos problemas por parte do governo.

Igrejas não registradas e ativas em evangelismo podem enfrentar vigilância e interrogatórios das autoridades locais. Cristãos de origem muçulmana nas regiões de maioria muçulmana são os que mais sofrem perseguição, tanto de familiares e amigos quanto da comunidade local. Em algumas áreas, eles precisam esconder sua fé por medo de serem atacados e possivelmente mortos.

COMO AJUDAR
Diante dos ataques contra igrejas, casas ou comércio cristãos, a Portas Abertas oferece apoio socioeconômico a cristãos e igrejas que perderam seus prédios e, muitas vezes, tiveram seus membros mortos, gravemente feridos ou traumatizados. Para saber mais sobre campanhas que ajudam cristãos em suas mais diversas necessidades acesse a Campanha Ajuda para quem mais Precisa.

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