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AstraZeneca reafirma segurança da vacina após suspensões

Alguns países da Europa interromperam aplicações diante de aumento de coágulos sanguíneos

Pleno.News - 14/03/2021 17h40

Prédio da companhia farmacêutica AstraZeneca Foto: EFE/EPA/Dan Himbrechts

A farmacêutica AstraZeneca divulgou neste domingo (14), um comunicado reafirmando a segurança da sua vacina contra a Covid-19, elaborada em parceria com a Universidade de Oxford. O pronunciamento veio após países suspenderem o imunizante diante de relatos de aumento de coágulos sanguíneos em decorrência do seu uso. A empresa informou que promoveu uma análise dos dados dos pacientes vacinados e que não foi identificado nenhum risco dessa natureza.

– Uma revisão cuidadosa de todos os dados de segurança disponíveis de mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na União Europeia e no Reino Unido com a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca não mostrou evidências de um risco aumentado de embolia pulmonar, trombose venosa profunda ou trombocitopenia, em qualquer idade definida grupo, gênero, lote ou em qualquer país específico – disse o comunicado da farmacêutica divulgado neste domingo.

Neste domingo (14), a Irlanda anunciou que suspendeu o uso da vacina. Na quinta-feira (11), a Dinamarca foi a primeira a interromper temporariamente o imunizante. A autoridade de saúde da nação nórdica disse que a decisão foi “baseada no princípio da precaução”. Noruega, Islândia e Bulgária seguiram o exemplo.

A Tailândia também adiou o uso da vacina à medida que aguarda uma investigação, enquanto a Itália, Romênia e Áustria pararam de usar injeções de lotes específicos. A Alemanha, por sua vez, decidiu manter a vacinação por considerar que faltam evidências sobre possíveis efeitos nocivos.

– O número de casos de coágulos sanguíneos relatados no grupo de pessoas vacinadas é menor do que as centenas de casos que seriam esperados entre a população geral. A natureza da pandemia levou a uma maior atenção em casos individuais e estamos indo além das práticas padrão para monitoramento de segurança de medicamentos licenciados ao relatar eventos de vacina, para garantir a segurança pública – afirmou a diretora médica da AstraZeneca, Ann Taylor.

Na sexta-feira (12), a diretora de acesso a medicamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mariângela Simão, afirmou que os resultados dos estudos preliminares “não apontam para uma correlação entre a vacina da AstraZeneca e a formação de coágulos”. A entidade defende que a vacinação seja mantida, nesse contexto.

Ainda na sexta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o registro da vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A decisão permite a entrega do produto que tem etapa de fabricação no país. Antes, o órgão já havia autorizado o uso emergencial do mesmo produto, mas fabricado pelo Instituto Serum, da Índia.

A Fiocruz espera entregar cerca de 222 milhões de doses neste ano, sendo 112 milhões até julho.

*Estadão

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