Associação quer ser parte de ação contra Daniel Alves
Informação foi antecipada pelo secretário-geral da Fecasarm
Pleno.News - 21/01/2023 17h28 | atualizado em 23/01/2023 11h14

A associação de casas noturnas catalã Fecasarm e a estatal Spain Nightlife apresentarão, na próxima semana, um documento conjunto à juíza responsável pelo caso do suposto estupro cometido pelo jogador Daniel Alves em uma boate de Barcelona para poder participar da acusação popular, a fim de esclarecer os fatos.
A informação foi antecipada pelo secretário-geral da Fecasarm (patronal de casas noturnas da Catalunha), Joaquim Boadas. Ele acrescentou que a associação International Nightlife Association também está cogitando fazer parte do caso, dada sua relevância e sempre, segundo enfatizou, “respeitando o direito fundamental à presunção de inocência” do jogador brasileiro.
Uma vez apresentado o documento, a juíza deve decidir se aceita ou não que a patronal e a estatal participem do caso.
A juíza decidiu ditar ontem a prisão sem direito a fiança de Daniel Alves, acusado pelo crime de agressão sexual, por supostamente ter estuprado uma mulher em um banheiro na discoteca Sutton, em Barcelona, na noite de 30 de dezembro do ano passado.
De acordo com os critérios do Ministério Público e da ação privada movida pela denunciante, a juíza decretou a prisão do jogador por considerar alto o risco de fuga, dadas suas capacidades econômicas e o fato de viver fora da Espanha.
Além disso, a magistrada argumentou que o Brasil não tem acordos de extradição com a Espanha, o que aumenta o risco de o atleta tentar fugir da Justiça espanhola e se refugiar em seu país de origem.
A Fecasarm e a Spain Nightlife pedirão para fazer parte do caso como acusação popular para esclarecer os fatos ocorridos naquela noite na boate Sutton e, dependendo de como for a investigação policial e a fase de instrução judicial, apresentar uma acusação contra o jogador se estiverem provados os crimes que lhe são imputados ou, pelo contrário, defender sua absolvição.
Boadas frisou que essa decisão de pedir para participar do caso é adotada com “o maior e absoluto respeito pelo direito fundamental de presunção de inocência”, mas que, enquanto representantes do setor da vida noturna, são “obrigados” a agir, uma vez que casos assim prejudicam a imagem das discotecas, mesmo que sejam “excepcionais, incomuns”.
Nesse sentido, Boadas lembrou que a Fecasarm participa ou já participou como acusação popular em outros 25 processos judiciais.
O secretário-geral da Fecasarm também destacou que aconselham a boate Sutton a não se apresentar como acusação privada neste caso, já que alguns de seus funcionários foram os primeiros a atender a vítima desse suposto estupro, uma jovem de 23 anos, e portanto são “testemunhas de primeira mão”.
Nesse sentido, Boadas declarou que o staff dessa discoteca de Barcelona agiu de forma “impecável” e “exemplar”, acionando de imediato o protocolo contra a violência sexual e atendendo a jovem, depois de ter sido alertada do ocorrido.
Por ordem da juíza, Daniel Alves deu entrada, na tarde de sexta-feira (20), no presídio Brians 1 de Sant Esteve Sesrovires (Barcelona), onde passou sua primeira noite e onde permanece no módulo de internação à espera de que lhe seja designado um grupo neste centro penitenciário.
De acordo com o protocolo, os presos que ingressam em uma prisão devem seguir uma série de procedimentos.
Antes de tudo, os agentes de vigilância devem verificar sua identidade e realizar uma busca pessoal e revista de seus pertences.
Em seguida, o pessoal de saúde visita o preso e, posteriormente, a equipe de tratamento o entrevista para decidir sua inclusão no grupo correspondente.
O regulamento prisional estabelece um prazo máximo de cinco dias para esse procedimento de admissão, que pode ser prorrogado por motivos de segurança ou de saúde.
*EFE
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