Jade Nunes - 22/12/2017 11h25 | atualizado em 22/12/2017 12h16

Nesta semana, a atriz Meryl Streep foi alvo de diversos ataques. Na última terça-feira (19), Hollywood acordou com pôsteres mostrando a foto da artista ao lado de Harvey Weinstein, com a inscrição “Ela sabia” sobre seus olhos (a ideia era sugerir que Streep tinha ciência dos casos de assédio feitos por Weinstein e nunca o denunciou).

Nesta sexta-feira (22), a acusação foi desmentida pelo próprio responsável pela intervenção, um artista de rua chamado Sabo. Em entrevista ao The Guardian, o homem afirmou:

– Eu não estava ao lado dela, então não posso afirmar com 100% de certeza, mas qualquer pessoa na indústria tinha uma boa ideia. Eu acho que ela sabia. Talvez ela até estivesse fornecendo carne fresca ao Weinstein.

A publicação inglesa o descreveu como um “Banksy de extrema-direita”. Durante a entrevista, Sabo contou que a iniciativa foi uma forma de vingança por Meryl Streep criticar o presidente Donald Trump.

Antes disso, na segunda-feira (18), ela havia publicado uma nota se defendendo de uma acusação semelhante da atriz Rose McGowan, que escreveu: “Atrizes como a Meryl Streep, que tranquilamente trabalharam com o Porco Monstro, vão se vestir de preto no Globo de Ouro num protesto silencioso. Seu silêncio é o problema. Eu desprezo a sua hipocrisia”.

Um dos trechos do comunicado de Streep dizia: “É doloroso ter sido atacada por Rose McGowan nesta semana, mas quero que ela saiba que eu não tinha conhecimento dos crimes de Weinstein, nem durante os anos 90, quando ele a assediou, nem durante as décadas seguintes. Harvey Weinstein precisava que nós [atores, atrizes e realizadores com quem trabalhava] não soubéssemos disto, porque a nossa ligação a ele dava-lhe credibilidade, era uma possibilidade de atrair jovens mulheres para circunstâncias em que seriam magoadas. Ele precisava muito mais de mim do que eu dele e fez questão de que eu não soubesse”.

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