Aristocrata é suspeito de matar companheira e outra mulher
Fernando González de Castejón se matou após o suposto crime
Pleno.News - 20/06/2022 18h29 | atualizado em 21/06/2022 09h15

A polícia espanhola investiga o assassinato a tiros de duas mulheres. O crime ocorreu nesta segunda-feira (20) em uma casa da Rua Serrano, na cidade de Madri, que atravessa um dos bairros mais nobres.
Os assassinatos supostamente foram cometidos pelo companheiro de uma das vítimas. O suspeito é um aristocrata espanhol de 53 anos, que se suicidou com a mesma arma usada para matar as duas mulheres.
As investigações preliminares indicam que o suposto autor do duplo crime é Fernando González de Castejón, conde de Atarés e marquês de Perijá. Ele teria matado a parceira, de 44 anos, e uma amiga dela, de 70.
Os assassinatos foram supostamente cometidos com uma arma curta que estava exposta junto a outras em um altar com simbologia fascista que coroava a sala da residência, segundo os dados divulgados pela polícia.
De acordo com as investigações, González de Castejón também teve desacordos com os vizinhos. A companheira dele já havia apresentado uma denúncia por maus-tratos em 2018, mas não foi emitida uma ordem de restrição contra González.
O primeiro aviso foi dado às 10h (hora local) por uma vizinha que observou da janela um dos corpos dentro da casa onde os assassinatos ocorreram.
Oficiais de uma unidade especial de polícia entraram na casa cerca de 20 minutos depois, protegidos por coletes e escudos à prova de bala. Os agentes encontraram os três corpos com ferimentos de bala, sangue, uma coleção de armas leves, algumas com silenciadores, facas de combate, munições e um uniforme militar.
Na sala de estar, encontraram o corpo do suposto assassino em cima dos de uma mulher de aproximadamente 70 anos, ambos perto de uma pistola deitada no chão. A poucos metros de distância, havia outra arma curta em uma cômodo, munições de calibre 9 mm e uma cruz militar com uma suástica no centro.
Depois, os policiais encontraram o corpo da companheira do conde de Atarés, com quem ele tinha uma filha, que não estava em casa no momento do crime.
A polícia encontrou também, em uma das salas, uma caixa com munições de pistola, um uniforme militar e uma bandeira com o brasão franquista pendurado na parede.
Além da investigação policial, a Delegação do Governo contra a Violência de Gênero em Madri coleta informações sobre esses assassinatos. Se o homicídio da parceira do conde for confirmado, o número de mulheres mortas por violência de gênero na Espanha aumentará para 20 em 2022 e para 1.150 desde 2003, ano em que começaram os registros.
*EFE
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