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Vizinho brasileiro também vetou viagens com origem na China, Coreia do Sul, Irã e Japão

Pleno.News - 13/03/2020 07h23 | atualizado em 13/03/2020 14h22

Voos com origem na Europa e Estados Unidos estão suspensos para a Argentina Foto: Divulgação

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou nesta quinta-feira (12) uma emergência sanitária devido ao coronavírus, que, entre outras medidas, levará a uma suspensão de 30 dias dos voos internacionais provenientes da Europa e dos Estados Unidos, entre outras áreas afetadas pela doença.

– Em uma situação de alarme generalizado, o papel do Estado é essencial para prevenir, tranquilizar e proteger a população – disse o chefe de governo em uma mensagem transmitida na televisão e rádio nacionais.

O texto, que será publicado no boletim oficial, especifica que a chegada dos voos dos países das regiões mais afetadas pelo Covid-19 será suspensa por um mês. Além dos saídos dos EUA e do velho continente, estão vetados os de China, Coreia do Sul, Irã e Japão.

Além disso, não só aqueles que sofrem ou suspeitam sofrer do vírus, mas também quem chegou nas últimas duas semanas de países com alta circulação do chamado SARS-CoV-2 precisarão permanecer isolados por 14 dias. O descumprimento da norma levará a uma investigação criminal.

AO MENOS 31 CASOS NA ARGENTINA
A lei pune com prisão de seis meses a dois anos qualquer pessoa que viole as medidas tomadas pelas autoridades competentes para evitar a introdução ou a propagação de uma epidemia.

– Este isolamento é preventivo e essencial para reduzir ao máximo a propagação do vírus – salientou Fernández.

O número de pessoas contagiadas pelo coronavírus na Argentina é de 31, três delas infectadas dentro do país. Um homem morreu infectado no último sábado.

O decreto de necessidade e urgência, que amplia a emergência sanitária que já existia no país vizinho devido à crise econômica, também estabelece que serão implementadas medidas para facilitar o retorno dos residentes argentinos que estão nos países mais afetados pelo vírus.

Segundo o presidente, os ministérios receberão poderes para evitar a escassez e estabelecer preços máximos para géis, máscaras e outros produtos usados para prevenir a doença. Prevê também a suspensão preventiva de espetáculos e o fechamento de espaços públicos com grande afluência de público.

RECOMENDAÇÕES DA OMS
O presidente argentino também afirmou que seu governo fará uma alocação extraordinária de 1,7 bilhão de pesos (R$ 130 milhões) para reforçar as tarefas de diagnóstico e equipamentos hospitalares.

– Estamos agindo de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), as autoridades dos países mais afetados e nossos especialistas e sociedades científicas – enfatizou.

Após a publicação do decreto, os controles sanitários serão reforçados em todos os pontos de entrada na Argentina.

– Seremos muito rigorosos no monitoramento da circulação de pessoas em nossas fronteiras. Temos de provar mais uma vez a nós mesmos que estamos unidos em questões importantes – completou.

*Com informações da Agência EFE

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