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Argentina: Produtores de carne prorrogam ‘greve’ de vendas

Criadores de gado pressionam para que governo encerre suspensão da exportação

Pleno.News - 28/05/2021 15h55 | atualizado em 28/05/2021 16h49

Produtores de carne suspendem vendas na Argentina Foto: Pexels

As quatro maiores patronais agropecuárias da Argentina decidiram nesta sexta-feira (28) prorrogar a paralisação da comercialização de gado como ação de protesto contra a decisão do governo de Alberto Fernández de suspender temporariamente as exportações de carne bovina.

As entidades rurais, integradas ao chamado Comitê de Enlace, tinham decidido não enviar gado vivo para os mercados de leilões, onde os matadouros fazem suas compras desde quinta-feira (20) passada e até a meia-noite de hoje (28), mas decidiram prolongar a medida até quarta-feira (2) da próxima semana.

A suspensão das exportações aplicada em 20 de maio estará vigente durante um mês, e o governo afirma que a medida busca reduzir o preço da carne, que em abril registrou um aumento anual de 66,1%, bem acima da variação geral dos preços, de 46,3%.

Por sua parte, o Comitê de Enlace reiterou nesta sexta-feira, em comunicado, que “o caminho escolhido pelo governo não conseguirá [fazer com] que os preços internos da carne baixem, mas terá o efeito oposto”.

O PRESIDENTE DEFENDE A SUSPENSÃO
– Estou determinado que vamos acabar com a suspensão das exportações no dia em que resolvermos claramente esta questão. Até lá, não vou fazer isso, porque o que se vê é que, exportando 30% do que é produzido, temos um enorme problema com os preços internos – disse nesta sexta-feira o presidente argentino, Alberto Fernández.

Em uma entrevista, Fernández atribuiu o aumento dos preços à forte demanda internacional, sobretudo da China, e afirmou que os pecuaristas e os frigoríficos locais “não fizeram nada” para “dissociar” o preço internacional da carne do preço no mercado doméstico. No entanto, reconheceu que a medida de bloquear as exportações “não é boa” porque a Argentina perde rendimentos em dólares, mas ressaltou que “a prioridade é que os argentinos comam”.

– Eu não gostaria de fazer isto. O que eu gostaria é que os próprios formadores de preços (produtores e matadouros) percebessem que os argentinos não têm de pagar o mesmo preço pela carne que é paga no mundo porque nós a produzimos – ressaltou o presidente argentino.

*Com informações da agência EFE

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