Ana Luiza Menezes - 30/11/2020 20h50

No último sábado (28), manifestantes antiaborto realizaram protestos na Argentina. Segundo informações da Agência France Presse (AFP), os atos aconteceram em um apelo contra o projeto de legalização do aborto, que foi enviado ao congresso pelo presidente Alberto Fernández.

Entre os milhares de manifestantes estavam membros de igrejas evangélicas e católicas, além de integrantes de organizações civis.

Em Buenos Aires, os participantes da marcha pró-vida se concentraram em frente ao Congresso. Segundo os organizadores, outras 500 cidades do país também tiveram manifestações semelhantes.

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Jorge Gómez, pastor e diretor-executivo da Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da Argentina (Aciera), disse à AFP que o protesto foi “uma convocação espontânea”. Ele também falou sobre a luta contra a proposta de legalização do aborto, que deve começar a ser votada em 10 de dezembro.

– É inoportuno que se trate [o projeto de lei] em um momento de crise sanitária [provocada] pela pandemia e quando a sociedade argentina necessita de unidade para resolver problemas estruturais como a pobreza. (…) Não estamos de acordo em interromper uma vida que começa desde a concepção, somos uma maioria celeste, já que, segundo as últimas pesquisas, 70% são contra este projeto de lei. Esta maioria deve ser ouvida – declarou Gómez.

Na Argentina, o aborto só é permitido em caso de estupro ou de risco de vida para a gestante.

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