Argentina defende vacina e nega colapso de hospitais
Ministra da Saúde deu declarações nesta terça-feira
Pleno.News - 13/04/2021 20h45 | atualizado em 14/04/2021 12h29

Nesta terça-feira (13), a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, disse que houve divulgação de informações “confusas” sobre a vacina da farmacêutica chinesa Sinopharm, que é aplicada no país. Segundo, ela o imunizante tem eficácia de 80% contra a Covid-19.
– Há duas vacinas que vêm da China, a da Sinovac (CoronaVac) e a da Sinopharm. As informações foram confusas, misturando a eficácia das duas – afirmou a ministra.
Ela deu declarações a jornalistas que estavam do lado de fora do Hospital Garrahan, em Buenos Aires, após o lançamento da campanha de vacinação contra a gripe.
Carla ressaltou que a vacina que está sendo aplicada na Argentina, que recebeu 2 milhões de doses, é a da Sinopharm, “que tem uma eficácia semelhante à vacina da AstraZeneca e muitas outras que não têm objeções, que [a eficácia] é quase [de] 80%”.
A ministra se referiu à confusão gerada no país após o diretor dos Centros de Controle de Doenças da China, Gao Fu, afirmar, no último sábado, que os imunizantes chineses “não têm taxas de proteção muito altas” e que o gigante asiático está estudando aumentar as doses e o intervalo entre as doses.
Ela lembrou que a Argentina decidiu adiar por três meses a aplicação da segunda dose a fim de vacinar mais pessoas, com o objetivo de fortalecer especialmente aquelas com mais de 70 anos de idade.
Vizzotti afirmou ainda que o sistema de saúde argentino “não entrou em colapso”, apesar do aumento acelerado dos casos da doença causada pelo novo coronavírus.
De acordo com os últimos dados oficiais, até segunda-feira (12) o nível de ocupação dos leitos de UTI era de 60,3% em todo o país e de 67,9% em Buenos Aires e arredores.
Carla afirmou que está sendo observado um aumento acelerado dos casos de Covid-19, o que tem um impacto no aumento da demanda espontânea tanto de consultas e cuidados quanto de hospitalização em clínicas e unidades de cuidados intensivos. Porém, este aumento na demanda coincide com o fato de o sistema de saúde estar respondendo a patologias não relacionadas à Covid-19 e cujo atendimento havia sido adiado devido à pandemia.
– Uma alta porcentagem [de ocupação] de leitos de UTI não é de casos de Covid. Estamos trabalhando para reorganizar o sistema de saúde e continuar a expandir os leitos que ficaram sem uso, que não foram necessários durante a queda dos casos – falou.
A Argentina contabilizou mais de 2,5 milhões de contágios e 57.957 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia.
O governo argentino vem aplicando novas restrições à circulação de pessoas desde a última sexta-feira (9), em resposta ao agravamento da situação sanitária, incluindo o fechamento antecipado de lojas e restaurantes.
*Com informações da Agência EFE
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