Após ciclone, Moçambique enfrenta casos de cólera
Pessoas enfermas e falta de alimento comprovam situação caótica
Ana Luiza Menezes - 22/03/2019 18h36 | atualizado em 22/03/2019 20h30
Após a passagem do ciclone Idai no Sul na África, na semana passada, casos de cólera preocupam a população de Moçambique, que foi um dos três países afetados. Diante do aumento de pessoas diagnosticadas com a doença, a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e da Crescente Vermelha (IFRC, na sigla em inglês) emitiu um comunicado nesta sexta-feira (22) sobre o caso.
No texto, a agência expressou preocupação com as equipes de ajuda que estão no país.
– Alguns casos de cólera já foram relatados em Beira com um aumento no número de infecções por malária entre as pessoas ilhadas pelas inundações – informou o comunicado.
Segundo especialistas, a doença se propaga devido a água e comida contaminadas por fezes. Os surtos podem surgir de forma veloz em casos de crise humanitária quando o saneamento é afetado.
Se não forem tratadas, as vítimas da cólera podem morrer em questão de horas. Em Beira, que é uma cidade portuária, além da destruição deixada pelo ciclone e dos casos da doença, há também a falta de alimentos e de água potável.
Os outros países atingidos foram Zimbábue, onde houve pelo menos 259 mortes, e Malawi, que teve 56 vítimas fatais. Em Moçambique 242 pessoas perderam a vida durante a tempestade, que causou inundações, deixando ainda cerca de 15 mil desaparecidos.
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