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FMI estima que Rússia crescerá mais que o esperado em 2023

Relatório foi apresentado nesta terça-feira

Pleno.News - 11/04/2023 15h00 | atualizado em 11/04/2023 16h05

Presidente da Rússia, Vladimir Putin Foto: EFE/Michael Klimentyev-Sputnik Kremlin

Nesta terça-feira (11), o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que a Rússia crescerá 0,7% neste ano, quatro décimos a mais do que o previsto anteriormente, apesar das sanções impostas por grande parte da comunidade internacional que tentam minar sua economia em reação à invasão da Ucrânia.

O FMI reduziu, porém, o crescimento para o próximo ano em oito décimos, para 1,3%, tudo isso depois de sua economia ter se contraído 2,1% em 2022.

O Fundo apresentou hoje o seu novo relatório de Perspectivas Econômicas Mundiais, que atualiza o publicado em janeiro, no âmbito das reuniões de primavera realizadas pela instituição nesta semana em Washington.

Como explicou o diretor do Departamento de Estudos do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em conversa com a imprensa, o crescimento da Rússia em 2023 é resultado de “um significativo resquício de atividade em 2022”, ano em que foram tomadas “medidas fiscais muito fortes” e em que “muito do gasto fiscal estava relacionado aos gastos militares”.

Além disso, “está ligado às exportações de energia”, razão pela qual “a expectativa é que essas exportações de energia diminuam consideravelmente” porque “há um preço mais baixo ao qual a Rússia pode estar vendendo seu petróleo” e porque “não está vendendo tanto gás natural para a Europa”.

Por isso, longe de pensar que as sanções não estão surtindo efeito, o FMI estima que até 2027, cinco anos após o início da guerra, a economia russa será “7% menor do que teria indicado a previsão anterior à guerra”, destacou Gourinchas.

– O efeito cumulativo é bastante forte, enquanto a maioria das outras economias deve se recuperar e se aproximar da previsão anterior a 2022 – explicou.

As consequências da guerra da Rússia contra a Ucrânia são uma das principais razões para o baixo crescimento mundial estimado pelo Fundo, de 2,8%, um décimo a menos do que o previsto em janeiro.

– A invasão russa da Ucrânia e a guerra em curso causaram graves comoções nos preços de commodities e da energia e perturbações comerciais, o que provocou o início de uma reorientação e ajustes significativos em muitas economias – observou o Fundo em seu relatório.

A evolução da guerra será vital para o crescimento mundial, especialmente da Europa. Depois de ter evitado uma “crise do gás” no inverno passado graças ao bom armazenamento na Europa e à menor demanda devido ao clima “atipicamente ameno”, uma escalada da guerra “poderia desencadear uma nova crise energética na Europa e agravar a insegurança alimentar em países de baixa renda”, segundo alertou o FMI.

Um possível aumento nos preços dos alimentos, se a iniciativa de grãos do Mar Negro falhar, “pesaria mais fortemente sobre os importadores de alimentos, particularmente àqueles que não têm espaço fiscal para amortecer o impacto nas famílias e empresas” e, com isso, “a agitação social pode aumentar”.

A guerra da Rússia contra a Ucrânia também está causando fragmentação global e aumentou as tensões geopolíticas, dividindo a economia mundial em blocos, com constantes barreiras ao comércio, ressaltou o Fundo.

*EFE

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