Ana Luiza Menezes - 16/09/2019 18h20 | atualizado em 25/09/2019 10h42

No Quênia, uma garota de 14 anos, se suicidou após ter sido humilhada pela professora dentro da sala de aula. A adolescente estava menstruada e manchou o uniforme. Por causa do incidente, ela foi chamada de suja.

– Ela não tinha nada para usar como absorvente. Quando o sangue manchou suas roupas, pediram para ela deixar a sala e ficar do lado de fora – disse Beatrice Koech, mãe da aluna, a um jornal local.

Em casa, a menina contou o que tinha acontecido na escola, mas acabou tirando a própria vida. Revoltados, os pais dela denunciaram o caso à polícia, porém ficaram ainda mais indignados com a falta de apoio das autoridades.

O jornal Daily Nation afirmou que a estudante Jackline Chepngeno chegou a ser expulsa da classe. A mãe dela falou que ela foi ridicularizada diante dos colegas.

Pais de alunos fizeram um protesto na porta da escola, que fica na cidade de Kabiangek. Entretanto, a polícia foi chamada para conter os manifestantes e chegou a prender cinco pessoas.

Em sua rede social, Esther M. Passaris, que é membro da Assembleia Nacional do Quênia, repudiou o caso.

– Juntamente com outras mulheres deputadas, sitiamos o Ministério da Educação em protesto pela menina de 14 anos que cometeu suicídio depois que uma professora a ridicularizou publicamente – declarou ela.

Em 2017, o país africano tinha aprovado uma lei, que exigia que colégios fornecessem absorventes, de forma gratuita, para as alunas. Segundo a imprensa, esse programa não foi completamente implementado.

Leia também1 EUA: Família acha mais de 2 mil fetos em casa de médico
2 Guaidó diz que negociações com Maduro estão 'esgotadas'
3 Preço do petróleo sobe após ataques na Arábia Saudita