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Pleno.News - 16/02/2021 16h37 | atualizado em 16/02/2021 20h49

Imunizantes de Oxford foi suspenso por não ter boa eficácia contra variante africana Foto: Reprodução

A África do Sul receberá seu primeiro lote de 80 mil vacinas da empresa farmacêutica Johnson & Johnson (J&J) contra a Covid-19 nesta terça-feira (16) e pode começar a imunização de seus profissionais da saúde amanhã.

O lançamento da vacinação será feito amparado por um “estudo de implementação” organizado pela Associação Médica Sul-Africana (Sama, sigla em inglês), já que a solução da J&J ainda não foi aprovada para uso comercial geral.

– A chegada das vacinas está prevista para hoje […]. Dois terços irão para trabalhadores do setor público [de saúde] e um terço para o setor privado – explicou à Agência Efe, dra. Angelique Coetzee, presidente da Sama.

Embora o Ministério da Saúde sul-africano não tenha divulgado, por enquanto, os detalhes desse início da imunização, a Sama é a entidade responsável pela realização do estudo e já identificou 16 centros em todo o país que ficarão responsáveis pela aplicação das doses. Se os planos forem cumpridos, as primeiras vacinas serão usadas amanhã e, com maior impulso, a partir de quinta-feira (18).

Essas 80 mil vacinas representam a primeira remessa de um pacote total de 500 mil doses que a África do Sul receberá com urgência do laboratório, depois que este país teve que modificar repentinamente sua estratégia de imunização há pouco mais de uma semana.

A África do Sul, epicentro da pandemia no continente africano, havia recebido seu primeiro lote oficial esperançosamente em 1º de fevereiro, consistindo em um milhão de doses da solução desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca.

Poucos dias depois, o governo anunciou que a aplicação desses produtos estava suspensa após a divulgação dos resultados de um estudo preliminar que apontava que o tratamento promovido pela Universidade de Oxford tinha eficácia muito limitada (22%) contra os contágio pela nova variante do coronavírus (501Y.V2) descoberta no país.

Embora os especialistas continuem esperançosos de que a vacina AstraZeneca seja eficaz no desenvolvimento de sintomas graves da Covid-19 (o estudo preliminar não incluiu ninguém dos grupos de risco), a África do Sul descarta, por enquanto, usá-la e está considerando chegar a algum tipo de acordo de troca ou cessão com a plataforma de compra conjunta da União Africana.

Diante desse revés, o governo do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, anunciou que concentraria seus esforços em obter rapidamente as doses da J&J, para manter os planos de começar a vacinar este mês.

A dose única da J&J mostrou 57% de eficácia em testes contra casos graves e moderados de Covid-19 causados pela variante descoberta na África do Sul.

Até agora, a África do Sul registrou 1.492.909 casos de Covid-19, dos quais 48.094 terminaram em óbito, mas 1.391.155 pacientes já receberam alta.

*EFE

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