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Ataque suicida deixa pelo menos 10 mortos na capital da Somália

Ação foi reivindicada pelo grupo jihadista Al-Shabaab

Pleno.News - 28/04/2021 17h38 | atualizado em 28/04/2021 17h53

Mogadíscio, Somália Foto: EFE/EPA/SAID YUSUF

Pelo menos sete policiais e três civis morreram em um ataque terrorista contra uma delegacia de polícia, ocorrido nesta quarta-feira em Mogadíscio, capital da Somália, em uma ação reivindicada pelo grupo jihadista Al-Shabaab.

– O carro colidiu com a porta principal do complexo e explodiu, matando dez pessoas, incluindo sete policiais e três civis”, disse o policial Suleiman Nur à Agência Efe, estimando que 13 pessoas ficaram feridas no local.

Depois de tentar, sem sucesso, entrar no complexo, o carro-bomba explodiu em frente aos portões do quartel, localizado próximo ao cruzamento do Ex-control, área de entrada e saída da capital com tráfego intenso, onde passa a estrada que liga Mogadíscio à cidade vizinha de Afgoye.

Um idoso que testemunhou o ataque disse a um jornal local que “um carro empoeirado explodiu quando deram a partida”, enquanto uma jovem garantiu que “a explosão foi enorme e lançou uma grande fumaça para o céu”.

O atentado ocorre em meio à crise governamental na Somália, a qual, no último domingo, provocou a eclosão de confrontos armados entre facções opostas do Exército a favor e contra a prorrogação de dois anos do mandato presidencial de Mohamed Abdullahi Mohamed.

A resolução, votada pela Câmara do Povo (Câmara Baixa do Parlamento) em 12 de abril e assinada pelo presidente no dia seguinte, violou o acordo de 17 de setembro e foi rejeitada pela oposição, bem como por poderes e instituições estrangeiras que finalmente fez Abdullahi Mohamed ceder, renunciando nesta quarta à prorrogação.

Os violentos confrontos em Mogadíscio já causaram o deslocamento de 40 mil a 100 mil pessoas, segundo as primeiras estimativas do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha, na sigla em inglês), divulgadas hoje.

O primeiro-ministro do país, Mohamed Hussein Roble, pediu nesta quarta-feira (28) aos moradores da cidade que retornem às suas casas em Mogadíscio e assegurou que estão “empenhados em trazer paz e estabilidade” aos somalis.

A verdade, porém, é que o deslocamento relacionado ao conflito na Somália aumentou este ano: desde janeiro, cerca de 173 mil pessoas tiveram que deixar suas casas no país, um terço delas devido a situações de conflito, incluindo cerca de 50 mil que precisaram fugir devido à violência em várias cidades nas regiões de Galgaduud (centro) e Mudug (centro-norte) e no estado do Sudoeste.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.

*Com informações da Agência EFE

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