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A Órfã: “Anã que fingiu ser criança” agora vive com família cristã

Pais adotivos disseram que Natalia chegou a tentar matar a mãe adotiva envenenada

Henrique Gimenes - 26/09/2019 19h27 | atualizado em 30/09/2019 14h10

O caso da menina ucraniana Natalia Grace, abandonada pelos seus pais adotivos e acusada de ser uma mulher adulta, segue gerando repercussão. De acordo com o jornal Daily Mail, do Reino Unido, atualmente a jovem vive com uma família cristã no estado de Indiana, Estados Unidos.

De acordo com a publicação, seus novos pais consideram a jovem, que sofre de uma rara forma de nanismo, como sua filha de 16 anos e não se importam com as acusações de que ela seria uma “sociopata de quase 30 anos”.

Natalia agora mora com o pastor Antwon Mans, de 36 anos, sua esposa, Cynthia, de 39, e outros cinco irmãos. Além de conviver com a família, ela também vai à igreja dos novos pais.

Ao jornal, um amigo da família considerou a tese de que a menina é uma mulher adulta como “ridícula”. Ele também disse que os Mans encontraram uma criança em necessidade e decidiram recebê-la em sua família.

O Daily Mail apontou que Antwon e Cynthia Mans tentaram se tornar os responsáveis legais por Natalia em 2016, mas desistiram após a Justiça manter uma decisão que determinava que a jovem nasceu em 1989 e não em 2003. Apesar disso, a família tentou conversar com os antigos pais da jovem, mas não teve sucesso.

O CASO
O casal de americanos Kristine e Michael Barnett, atualmente separados, adotaram, em 2010, uma menina ucraniana, de 9 anos, chamada Natalia Grace. O que parecia ser uma linda história familiar se tornou mais à frente em um verdadeiro filme de terror com uma grande reviravolta.

De acordo com os pais adotivos, Natalia na verdade era uma adulta de 23 anos, que sofre de uma forma rara de nanismo, que faz que ela tenha 1,5 m de altura e problemas para caminhar. Em entrevista ao Daily Mail, Kristine relatou momentos assustadores antes de descobrir a verdadeira identidade de sua filha adotiva.

– Ela fazia declarações e desenhos dizendo que queria matar membros da família, enrolá-los em um cobertor e colocá-los no quintal. Eu acordava e ela estava de pé no meio da noite e eu não conseguia dormir. Tivemos que esconder todos os objetos afiados. Eu a vi colocando água sanitária no meu café e ela disse que estava tentando me envenenar.

Michael começou a desconfiar que algo estava errado quando deu banho na filha pela primeira vez e reparou que ela tinha pelos pubianos. Além disso, Natalia não gostava de bonecas e brinquedos e tinha uma vocabulário muito avançado para uma criança de 9 anos. Os pais também encontraram roupas ensanguentadas, que deram indícios de que a menina menstruava. Foi aí que a desconfiança aumentou ainda mais.

Natalia tinha problemas mentais. Em 2012, ela tentou jogar Kristine em uma cerca elétrica. Ao ser levado para uma consulta, ela confessou ser muito mais velha do que parecia. No mesmo ano, a família recebeu a carta do médico Andrew McLaren contando como Natalia enganou várias outras pessoas se passando por uma criança.

Temendo por suas vidas, o casal abandonou a menina e fugiu para o Canadá. Entretanto, eles foram acusados pelo estado de Indiana por crimes contra uma criança. Kristine e Michael se entregaram às autoridades na última semana, mas foram soltos após pagamento de fiança. Os dois aguardam por uma nova audiência e o paradeiro de Natalia segue desconhecido.

A ARTE IMITA A VIDA (OU SERIA O CONTRÁRIO?)
A bizarra história vivida por Kristine e Michael se assemelha ao roteiro do filme de terror A Órfã. Lançado em 2009 e estrelado por Vera Farmiga, Isabelle Fuhrman e Peter Sarsgaard, o longa contava a história de um casal que adotava uma menina russa de 9 anos. Com comportamentos estranhos, a família descobre que a filha na verdade é uma mulher adulta de 33 anos, que sofre de um distúrbio hormonal raro, que a impediu de se desenvolver fisicamente.

Além de apresentar um comportamento perigoso, ela matou as sete famílias por onde passou sempre usando nomes falsos e desaparecendo sem deixar rastros. Para disfarçar, ela usava fitas nos pulsos e no pescoço para esconder suas cicatrizes e também tinha dentes postiços para dar mais veracidade à sua aparência infantil.

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