Rafael Ramos - 06/07/2020 12h56

Sete meses depois que o primeiro caso do novo coronavírus foi identificado na China, no dia 1º de dezembro de 2019, o país agora teme o risco de uma nova epidemia. Dessa vez da peste bubônica, ou peste negra, que causou a morte de 200 milhões de pessoas na Europa durante o século 14.

Em novembro do ano passado, a região chinesa da Mongólia Interior registrou quatro casos de peste bubônica. E, neste domingo (5), o país emitiu um alerta depois que um novo caso foi detectado em um hospital local. O Centro Nacional de Controle Zoonótico informou que 650 pessoas tiveram contato com duas pacientes que testaram positivo para a bactéria Yersinia pestis, que causa a enfermidade.

A cidade de Khov foi isolada e as vítimas – um homem de 37 anos e uma mulher que não teve a idade revelada – estão em tratamento. Os dois vivem em locais com grande circulação de roedores, que são os transmissores naturais das pulgas infectadas pela Yersinia pestis.

Estima-se que a bactéria esteja em circulação no mundo há pelo menos 5 mil anos. Pesquisadores do Centro Geral de Controle e Prevenção de Doenças da Mongólia Interior apontaram que o primeiro registro da enfermidade no país é de 1644. Em janeiro de 2019, uma mulher de 57 anos foi internada no Hospital Luiz Palmier, em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, com a bactéria.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que há de 1 mil a 2 mil casos anuais da doença, que é letal. Desde o século passado, 38 países, incluindo o Brasil, foram infectados com a peste. Os sintomas geralmente são febre súbita, tremores, dores corporais, fraqueza e vômitos. O tratamento deve ser feito com com antibióticos e, quanto mais cedo for iniciado, maiores são as chances de cura.

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