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Pleno.News - 20/03/2020 15h44

Brutalidade do crime gerou onda de revolta na Índia e em outros países

Quatro homens condenados por torturar e violentar uma jovem na Índia, em 2012, foram executados por enforcamento na madrugada desta sexta-feira (hora local), fechando assim um dos casos mais trágicos da história do país.

O cumprimento da pena determinada pela Justiça fez com que os pais da vítima comemorassem, enquanto organizações de direitos humanos se manifestaram, apontando que matar os culpados não evitará que próximos crimes aconteçam.

Por volta de 5h30 pelo horário local (21h de quinta-feira pelo horário de Brasília), foram enforcados simultaneamente os quatro condenados, Pawan Gupta, Vinay Sharma, Mukesh Singh e Akshay Thakur, que estavam em uma penitenciária de Nova Délhi.

Do lado de fora, um grupo de manifestantes esperava o resultado do cumprimento da pena de morte, apesar das orientações das autoridades para que fossem evitadas aglomerações, diante da propagação do coronavírus na Índia, onde 206 pessoas foram infectadas e quatro morreram.

Estas foram as primeiras execuções na Índia desde 2015. Asha Devi, mãe da vítima, uma estudante de fisioterapia de 23 anos, que acabou rebatizada como Nirbhaya (Sem Medo, em hindu), mostrou alívio com o fim de uma jornada que durou sete anos, desde o assassinato bárbaro da filha.

– Finalmente, os enforcaram. Foi uma longa luta. Hoje, obtivemos justiça, e esse dia dedicamos a todas as filhas do país. Obrigada aos juízes e ao governo – disse Devi, em entrevista concedida poucos minutos após a execução.

Em 16 de dezembro de 2012, seis homens torturaram e violentaram a jovem em um ônibus em movimento, pouco depois que ela entrou no veículo com um amigo, para ir ao cinema, em Nova Délhi. A vítima morreu 13 dias depois, em um hospital de Singapura.

Quatro acusados foram condenados à morte em 2013 e executados hoje; um se matou na prisão no mesmo ano da divulgação da sentença, e o sexto envolvido, menor de idade, foi liberado após passar três anos em um reformatório.

PENA DE MORTE

O diretor geral da Anistia Internacional para a Índia, Avinash Kumar, condenou a execução como única medida, destacando que ainda está em vigor uma espiral de violência contra as mulheres no país.

– O que precisamos, de verdade, são soluções efetivas e de longo prazo, como mecanismos de prevenção de proteção, que reduzam a violência de gênero – destacou o ativista, por meio de comunicado.

Apenas em 2018, a Índia registrou 33.556 casos de crimes sexuais, o que representa cerca de 90 por dia, segundo dados do Ministério do Interior do país. Destes, apenas 27,3% resultaram na condenação dos autores.

*Com informações da agência EFE

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