Paulo Moura - 07/10/2020 10h16 | atualizado em 07/10/2020 10h24

A grife de roupas italiana Gucci decidiu lançar na última semana um item de vestuário nada convencional para sua coleção outono/inverno deste ano: um vestido para homens. Segundo a empresa, o produto visa “romper os estereótipos tóxicos que moldam a identidade de gênero masculino”.

Apesar de elaborar uma explicação com cunho social para a propaganda do produto, o item não sairá nada barato e muito menos acessível. Atualmente, a Gucci está comercializando o vestido masculino por 1.900 euros (R$ 12.439 na cotação atual). Segundo a Gucci, o item, inspirado nos visuais ‘grunge’ dos anos 90, possui “cores delicadas e reflete a ideia de fluidez”.

O produto, é claro, não passou invisível pelas redes sociais e motivou uma série de críticas contra a grife italiana. Nas mensagens, grande parte dos usuários questionou o preço exorbitante do item e afirmou que o valor pode ser usado em outros propósitos.

– Se você quiser lutar contra os ‘estereótipos de masculinidade tóxicos’ e tem 1.700 libras de sobra, dê 1.680 libras a um abrigo de mulheres local e gaste as outras 20 em uma camiseta – escreveu uma usuária britânica no Twitter.

Outros ainda fizeram piadas com o estilo do item, entre eles o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). Pelo Twitter, o parlamentar ironizou o preço e o design do item e criticou o que chamou de “agenda diabólica”.

– Pelo módico valor de 15 mil reais, você já pode assegurar seu vestido masculino da marca Gucci com botões de madrepérola. Mais bonito que a peça, somente o modelo transaudável com cara de morador adepto da Cracolândia. A diabólica agenda segue a pleno vapor – afirmou.

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