OMS quer usar telemedicina para realizar “aborto seguro”
Entidades e grupos abortistas estão se unindo para desenvolver o método
Gabriela Doria - 18/10/2020 16h37 | atualizado em 18/10/2020 16h46
A Organização das Nações Unidas (ONU) e entidades internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Unicef, entre outras, estão trabalhando em uma parceria para, a longo prazo, disponibilizar o acesso ao aborto através da telemedicina.
A modalidade de atendimento médico à distância se popularizou durante a pandemia e, segundo a ONU, pode ser uma ferramenta para promover o “aborto legal e seguro”.
O projeto é liderado pelo Departamento de Saúde Sexual e Reprodutiva e Pesquisa, da OMS, e firmará convênios com grandes instituições que promovem a interrupção da gravidez, como a Federação Internacional de Planejamento de Paternidade e a Marie Stopes International.
– A telemedicina pode ser uma oportunidade a longo prazo para assegurar o bem-estar e a saúde sexual e reprodutiva de cada pessoa no futuro – diz um trecho do texto presente no site da OMS.
A organização não deixa clara de que forma a telemedicina será utilizada no procedimento do aborto, mas sugere que a orientação médica virtual pode auxiliar mulheres de regiões isoladas a realizarem a interrupção da gravidez em si mesmas, através da automedicação guiada remotamente por profissionais de saúde.
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