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Sobreviventes falam de fé ao lembrar de acidente da Chape

"Meu último e único recurso era a oração", disse o zagueiro Neto

Camille Dornelles - 25/08/2017 19h30 | atualizado em 25/08/2017 19h31

Sobreviventes fizeram relato emocionante sobre os momentos vividos na queda de avião Foto: Agência Brasil/Valter Campanato

Desde a tragédia com o avião da Chapecoense, em novembro de 2016, o país ficou sem fôlego. Agora, os três sobreviventes – Neto, Jakson Follmann e Alan Ruschel – fazem relato emocionante de como foi viver o terror do acidente.

Em entrevista à revista internacional The Player’s Tribune, na quarta-feira (23), o trio falou pela primeira vez de forma detalhada sobre o momento do acidente à imprensa. O zagueiro Neto, que teve uma recuperação surpreendente para os médicos, declarou que sonhou com a queda na noite anterior.

Neto disse que, no dia da viagem para o jogo final, não conseguiu tirar o pesadelo da cabeça: “o sonho era tão vívido. Estava martelando na minha mente. Então eu enviei uma mensagem para a minha mulher do avião. Eu disse a ela para orar a Deus e pedir para Ele me proteger daquele pesadelo. Eu não queria acreditar que aquilo iria acontecer. Mas eu pedi para que ela orasse por mim”.

Para ele, foi uma experiência sobrenatural. “Estava além de nossa compreensão como humanos”, declarou

O acidente aconteceu em novembro de 2016 na Colômbia e 71 passageiros morreram. Follmann relembra os momentos de tensão logo após o início da queda: “não existem muitas pessoas no mundo que já passaram por aquele momento. Num segundo você está no caminho para conquistar os seus sonhos com os seus amigos e todos estão felizes, e então no segundo seguinte todas as luzes do avião se apagam e você está caindo dos céus”, disse ao The Player’s Tribune.

O goleiro contou que, naquele pouco tempo que ficaram em queda livre, a única coisa que ele pôde fazer foi orar e pedir a proteção de Deus. “Muitas pessoas começaram a orar em voz alta”, revelou. Para os três sobreviventes, a fé foi o elemento mais presente.

Alan Ruschel, lateral esquerdo, confessou que não entendeu a gravidade do acidente na primeira vez que falaram com ele, ainda no hospital: “eu pensava que o jogo seria no dia seguinte (…). Todos estavam me animando e dizendo que oravam por mim”.

Veja um dos trechos mais emocionantes da entrevista, do jogador Follmann: “a parte mais difícil foi ouvir os meus amigos pedindo por ajuda, e eu não podendo fazer nada a respeito. Eu não podia me levantar. Estava tão escuro que eu não podia ver ninguém. Agora eu só agradeço a Deus porque eu não consegui ver ninguém”.

Confira a entrevista na íntegra pelo portal da revista.

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