Camille Dornelles - 01/02/2019 09h30 | atualizado em 01/02/2019 10h24

O funcionário da Vale, Cláudio Pereira do Santos, de 34 anos, conseguiu escapar da enxurrada de lama da tragédia em Brumadinho, Minas Gerais. Ele trabalhava em uma guarita que ficou intacta em meio à destruição.

Nesta quinta-feira (31), Cláudio concedeu uma entrevista ao portal G1 e falou sobre como conseguiu fugir.

– Eu tinha acabado de ligar para minha sobrinha, às 12h24. Conversei com ela no WhatsApp. Logo após eu fiz o cadastro de uma nota, muito rapidamente, e fui para o banheiro. Foi quando ouvi o barulho. Achei que era um pneu estourado. Quando abri a porta já me deparei com toda a destruição. Consegui fugir pela janela – relatou.

Durante a entrevista, ele, que é evangélico, fez uma demonstração de fé.

– Eu creio que tem um espiritual muito forte em cima disso tudo, uma mensagem de Deus muito forte, não só para os brasileiros, não só aos sobreviventes, mas para o mundo, uma mensagem para a raça humana, de que é tempo de colocarmos nossa vida verdadeiramente diante de Deus – apontou.

Ele também falou sobre a luta para poder orar depois da tragédia, ocorrida na última sexta-feira (25).

– Até domingo, não tinha forças para orar. A minha única oração era “obrigado, Senhor, por eu ter sobrevivido”. E quando a gente (família) fez a oração, a mesma mensagem que eu havia recebido antes dessa tragédia foi a que veio. (Uma familiar) cantou um louvor para mim, aquele que fala “mil cairão ao teu lado, dez mil a tua direita, mas tu não serás atingido porque eu sou o teu Deus” – declarou, citando a música Prioridade, de Midian Lima.

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