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Priscilla Alcantara de críticas: ‘Coisa de quem não faz nada e pega no pé’

Cantora concedeu uma entrevista e falou de carreira e polêmicas

Camille Dornelles - 16/09/2019 12h47 | atualizado em 17/09/2019 10h04

Priscilla Alcantara durante a edição do ASU 2019 no Rio de Janeiro Foto: Divulgação/ASU

Com apenas 23 anos, a cantora Priscilla Alcantara já possui uma carreira artística consolidada. Ela começou sua trajetória na música, mas ficou conhecida pela televisão.

Hoje, é uma artista de destaque do segmento gospel. Em entrevista ao Pleno.News, ela revelou que ainda pretende explorar novas áreas.

Priscilla também revelou o que acha sobre tatuagem, fé e críticas dentro do meio evangélico. Confira a entrevista abaixo.

Pleno.News Entrevista
Priscilla Alcantara
por Pleno.News - 13/09/2019

Priscilla, queria começar perguntando sobre a sua trajetória. Todo mundo pergunta sobre a sua carreira na televisão, no Bom Dia & Cia, mas eu queria que você me dissesse o que estava fazendo antes disso.
Com certeza, eu já era uma pessoa há oito anos. Eu estava cantando, que é o que eu faço desde que eu nasci, praticamente. A televisão apareceu no meio do caminho, mas eu estava cantando. Meus pais eram líderes de igreja e eu peguei estrada com eles, sempre estive inserida no serviço da igreja relacionado à música. Concursos, meus pais me inscreviam porque sabiam que eu tinha interesse, então antes da televisão era música, música, música. E agora música de novo.

Com quantos anos você começou a cantar?
Minha mãe fala que com 2 anos eu já pegava o microfone lá na frente, mas com 6 anos eu dizia que isso era o que eu queria fazer quando crescesse. Eu já tinha isso firmado na minha cabeça.

Como seus pais lidaram com você criança tendo que conciliar escola, igreja, vida normal de criança e trabalho?
Meus pais sempre foram muito pé no chão que, independentemente do meu ofício, eu era filha dentro de casa e na escola também não era artista. Tinha que tirar nota boa e respeitar pai e mãe. Nunca teve nenhum tipo de distinção da minha irmã pelo que eu fazia, também. Acho que esse foi o melhor jeito com que eles lidaram.

Você fazia outros cursos também durante a infância?
Não, o único investimento que eu tive extracurricular foi aula de música e piano, mas foi pouco tempo. Eu amo o piano, uso muito para compor minhas próprias músicas. A aula foi mais instintiva e pela necessidade.

Priscilla Alcantara pretende inserir instrumentos nos shows Foto: Pleno.News

Você pretende inserir os instrumentos nos seus shows?
Eu já fiz isso uma vez ou outra. Tinha muito costume de fazer isso no passado, mas faz muito tempo que não uso. Mas por que não? Fica tão bonito no palco.

O artista vai onde o coração dele leva. E o cristão vai onde Deus manda. Como é a junção de um artista cristão? Quem manda no seu caminho?
A vida do cristão não é uma vida compartimentada, então a minha arte e a minha espiritualidade são completamente unidas. Quando Deus redimiu a minha alma na cruz ele redimiu a minha arte também. Ela é regida pelo amor que eu tenho a Deus e pelo amor que eu tenho ao próximo. Não há algo mais ou menos espiritual na minha vida. Tudo é espiritual.

Você sente um chamado quando vai começar um novo projeto?
Não, eu sinto tudo muito igual. Eu sinto que é aquela fala do apóstolo Paulo: “portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1 Coríntios 10:31). Não vejo mais espiritualidade em algo e menos em outra coisa. Tudo o que faço é com o maior nível de excelência que eu puder e para a glória de Deus.

Em outra entrevista sua ao Pleno.News, você afirmou que a música Me Refez foi seu melhor trabalho. Isso ainda é verdade?
Eu procuro sempre me superar. Não gosto de fazer um trabalho que deixe as pessoas decepcionadas. E uma estratégia minha é fazer coisas que não podem ser comparadas. E acho que cada produção artística tem sua própria identidade e alma. Acredito que o que eu quis dizer com essa declaração foi porque teve uma grande importância na minha identidade de artista. Atingiu bem o nível que eu queria atingir. O clipe foi uma superprodução e a música também, eu não tinha feito algo assim antes. Mas não que ela seja melhor do que as outras.

O clipe tem uma coreografia muito interessante feita em parceria com o Yudi Tamashiro. Queria saber como é, para você, a inserção da dança no ministério cristão.
É arte. Acho que toda forma de arte conhecida pelo homem precisa ser usada para a glória de Deus. Eu já fiz bastante tempo de aula e sou apaixonada por dança contemporânea. Para as turnês do ano que vem estou querendo aumentar as apresentações de dança. Foi um trabalho que a gente fez, não que o Yudi me acompanhe.

E você consegue dar atenção à sua igreja com sua agenda tão atarefada?
Sim! Por viajar muito eu não consigo fazer com tanta frequência, mas a vida em comunidade é essencial para a vida do cristão. Então, de forma alguma, deve ser algo menos importante na minha jornada. Então eu preciso constantemente estar presente no culto ou pelo menos em contato com os pastores para receber cuidado. Eu não deixo de ser uma ovelha. Sendo um cristão artista, minha vida é bem itinerante.

Priscilla Alcantara fala de críticas Foto: Pleno.News

E você promove células também, não é? Como é esse projeto?
Sim. É uma coisa sobre a qual não costumo falar muito por causa das pessoas que frequentam esses pontos de pregação, mas é simplesmente para pessoas que querem Deus, talvez não conseguem seguir uma rotina de igreja ou encontrar uma igreja logo de cara. É um trabalho que eu faço que eu realmente prefiro deixar mais privado.

Mas você busca perfis de pessoas para agregá-las nesse projeto ou ele é totalmente aberto para quem quiser?
Não, ele segue um perfil. Pessoas mais famosas, sim.

Como a Bruna Marquezine, que a gente vê de vez em quando pelas redes sociais dela, não é? Vocês são amigas?
Muito. A Bruna é minha irmã, é família já.

O que que você pensa sobre união de igrejas. Por que você promove um mega evento, o ASU (Até Sermos Um), para falar sobre isso?
Porque é o que Jesus queria e Ele deixou isso claro na oração que fez em João 17. Ele deixou claro que o que mais queria era que fôssemos um como Ele e o Pai eram um. Não existe corpo de Cristo sem a unidade e a gente tem falado de tanta coisa e se esquecendo do que é vital, que é a unidade.

Você acha que é possível a unidade mesmo as igrejas send tão diferentes entre si no modo de entender a Bíblia?
100% possível. Os 12 discípulos eram totalmente diferentes entre si e isso não quer dizer que a unidade signifique uniformidade. Então nós somos membros diferentes de um mesmo corpo, então é normal você discordar de mim em alguns pontos. Mas, sobretudo, nas coisas essenciais, unidade. É como a frase diz: “nas coisas essenciais, unidade, nas não essenciais, liberdade, e em todas as coisas, caridade” (Santo Agostinho).

Como você repara que você é vista por pessoas de outras denominações que não aceitam tatuagens, ir a shows seculares, etc. O que você costuma responder?
Geralmente eu nem costumo responder. Eu acho que ouvir música secular e se pode fazer tatuagem ou não são coisas que, se a gente tem o mínimo de relacionamento com Deus, já tem a resposta. E acho que, tão perto da volta de Cristo, a gente não tem tempo para ficar se questionando sobre coisas tão banais quanto essas. Muitas vezes as pessoas também perguntam para poder se apoiar na resposta do outro. Aí eu parei de responder essas perguntas, eu quero estimular as pessoas a se apegarem a coisas essenciais. Se você quer fazer uma tatuagem pergunta para Deus se está tudo bem por Ele. E se você quer ouvir uma música, aprenda a reter o que é bom com o Espírito. São coisas básicas, a gente não tem mais tempo para perder com isso.

Quem faz esse tipo de pergunta você acha que está meio perdido?
Sobre o que é o Evangelho. Sim, com certeza.

Priscilla revela planos para o futuro Foto: Pleno.News

Você tem planos para o futuro fora da carreira da música?
Tenho muitos. Quero muito começar a carreira dentro do cinema. Eu curto muito a parte de roteiro. Não me importaria de atuar, mas não é a que eu sou apaixonada. Eu atuo no musical que a gente apresenta no ASU, mas a minha paixão é o roteiro. Música e cinema são coisas que vão caminhar juntas dentro da minha carreira nos próximos anos.

Pretende fazer curso de cinema?
Vivo pesquisando e já fiz planos, só não consegui o tempo ainda para parar. E eu quero estudar fora também. Falta só eu criar coragem para ir, porque vou ter que pausar coisas aqui no Brasil, mas acho que no próximo ano consigo respirar um pouquinho e fazer essa programação funcionar.

Você já disse que não pensa em fazer faculdade. Isso ainda é verdade?
É, não, nem a pau. Se você parar para ver, a minha área de artes tem muito curso incrível de até três meses. Claro que a faculdade vai te aprofundar, mas não é da minha personalidade. Eu sou o tipo de pessoa que vai direto ao ponto, não gosto quando estendem demais um assunto.

Você se acha ansiosa?
Eu sou extremamente muito ansiosa. Imediatista. Minha geração é, mas Deus me põe na linha.

Você acha que isso é um empecilho?
Empecilho não, acho que me impulsiona, mas tem que dosar. É um gatilho para uma ansiedade de um jeito negativo. As emoções boas podem se tornar algo negativo se você não souber gerenciar.

E na música? Quais os próximos projetos?
De projetos novos eu tenho um audiovisual chegando e já tenho um álbum novo chegando. Estava com a minha equipe aqui no Rio de Janeiro para a gente bater as datas. Tem um projeto de transição chegando agora para depois o álbum novo, sucessor de Gente. E não demorar muito. Até o final do ano.

Pode dar uma palinha?
Não posso. Super segredo, mas eu gosto de deixar os meus anúncios perto do lançamento para a gente não ficar com muita ansiedade. Eu que sofro muito porque fico segurando a notícia meses e meses, até anos.

Você começou muito nova na televisão e já era cantora antes disso. Já tem muita projeção e faz grandes festivais. Você sente que passou por todos os processos com a maturidade necessária para chegar em tudo o que você chegou?
Com certeza, senão eu não estaria aqui. Um sinal de que eu passei pelos processos é justamente que eu cheguei no começo do meu destino, eu diria, porque temos uma longa jornada até a volta de Jesus. Mas eu sinto que o que estou vivendo hoje é o meu destino. E isso porque eu tive a paciência de passar por todos os processos.

Queria mudar um pouco de assunto para a missão na Angola.
Eu sempre fui apaixonada pelo campo missionário. Só que para mim é um pouco difícil conciliar a vida missionária por conta do meu ofício. Meu chamado é para o campo do entretenimento, das artes, então não consigo me dedicar tanto quanto gostaria apesar da minha paixão. E eu vou voltar para Angola em dezembro com a minha família para o mesmo lugar, a Aldeia Nissi. Eu já sou parte, lá é a minha casa.

A Bruna Marquezine e a Sasha também foram para missão na Angola e foram criticadas por isso. Queria que você comentasse sobre essa questão.
Eu também fui. Acho que isso é gente que não faz nada e pega no pé de quem vai. Ainda mais a gente que está na mídia, vira alvo mais fácil, mas não que signifique alguma coisa. Na verdade não significa nada. O que realmente importa é o serviço que a gente faz e o que a gente recebe daquelas pessoas (ajudadas). Acho que é completamente irrelevante porque não tem fundamento.

E como se blindar de críticas?
Não sei te explicar não, é só na vivência mesmo. Não tem um segredo, é viver a vida como ela é. Acho que não há um jeito de fazer com que essas coisas não aconteçam. Elas vão acontecer, tem que é aprender a lidar com elas.

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