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Pastor afirmou que Deus amparou a ele e à sua esposa durante lutas

Camille Dornelles - 13/02/2020 15h57 | atualizado em 13/02/2020 18h07

Pastor Rafael Bello fala sobre livro, adversidades e lutas Foto: Divulgação

O pastor Rafael Bello, que recentemente lançou a versão em ebook de seu livro Chutei o Balde, pela MK Books, concedeu uma entrevista ao Pleno.News sobre sua obra. Ele defendeu que o processo de decisão de alguém que quer largar algum compromisso deve passar pela análise bíblica.

Em sua obra, que afirmou ser “extremamente bíblica”, também falou sobre as consequências desse processo e dos malefícios de se “chutar o balde”. Durante a entrevista, Bello revelou suas próprias lutas pessoais, que incluem a morte de dois filhos.

Pleno.News Entrevista
Rafael Bello
por Pleno.News - 13/02/2020

Confira abaixo algumas respostas do pastor. A entrevista na íntegra pode ser conferida em podcast e vídeo.

Seu livro Chutei o Balde tem um título muito interessante e traz uma expressão muita usada quando a pessoa está de saco cheio, não quer mais alguma coisa. Mas por que o senhor se interessou em abordar este assunto?
É a filosofia da ideia que lhe prejudica mais em execução do que antes de fazer. O indivíduo está no ápice de seu desequilíbrio e aí decide “chutar o balde”. Só que as consequências do chutar o balde vão dar mais prejuízo para ele do que essa ideia de estado ruim que ele está vivendo antes de chutá-lo. Eu tenho tido um feedback de alguns amigos e o que se resume em frase é “uma leitura curadora”. São 120 páginas que levam à consciência de estudos bíblicos. É um livro extremamente bíblico, mas quer desmistificar a ideia da religião.

Na introdução o senhor diz que tem recebido muitas retaliações por mexer no mundo espiritual. Que retaliações são essas?
São situações que acabam te atingindo, a sua estrutura. Há 20 anos eu ministro e a guerra é fato. Em 2007, em pleno exercício do meu ministério e do da minha esposa, meu filho morreu no meu colo, com apenas 7 meses. E em 2008 eu tive um problema muito sério no coração, minha válvula mitral abriu e aí passei quase todos os meses de 2008 tendo desmaios, pressão 5 por 3, até a gente descobrir que era o coração e comecei a tratar. Em 2009 eu perdi o meu segundo filho e de lá até 2014 foram sete entradas em centro cirúrgico com a minha esposa. Eu me considero uma ferramenta de apoio à igreja local. É um privilégio servir. (…) E você acaba entrando em batalhas. Eu lembro de Daniel orando. Havia uma batalha para que a resposta chegasse até Daniel, porém, desde o dia em que ele colocou no coração de fazer aquela oração, Deus ouviu. Sempre senti isso que Daniel sentiu.

E como passar por tudo isso e manter a fé?
Deus permite ter a tua fé provada e Ele guarda a tua fé no processo da Salvação. Já que você alcançou um relacionamento de fé com Deus, Ele guarda a sua fé. Isso é o que eu acredito, é o que eu vivi. Ninguém consegue manter a fé no caos se Deus não guardar. É o que faz a gente suportar o processo da vida. É acreditar que existe um Deus que, a qualquer momento, vai virar a chave e as coisas vão mudar.

O senhor costuma falar sobre diversos assuntos em suas redes sociais. Recentemente abordou relacionamentos tóxicos. O que pode falar desse tema?
Cria-se uma ideia de que você não é influenciado pelo meio em que você vive, mas é influenciado. Dependendo da consciência que você tem de si mesmo, pode ser mais influenciado do que influenciar. É possível sim estar dentro de um contexto absolutamente contraditório ao que você pensa e isso não ter influência. Eu tenho ouvido, presenciado e sendo procurado sobre casos de pessoas que foram feridas e magoadas. Mas na conversa eu vejo que o causador também foi ele (vítima). Ele abriu demais a vida dele e aí quem o magoou não deveria estar dentro da vida dele, mas aí gerou um relacionamento tóxico. É importante impôr limites: sim, não, posso, talvez, quem sabe. A pessoa começa a entender. Se você já deu um acesso de intimidade fica um pouco mais difícil, porque você vai ter que arrancar e aí pode gerar um desconforto.

Sobre a exposição nas redes sociais, como o senhor acha que pode ser o trabalho nas redes de alguém, líderes e personalidades, que estão pensando em evangelismo?
Primeiro que eu posso ser público, mas não cabe a mim o direito de publicar a minha vida. É difícil, mas tem que dividir. Eu sou público, mas quem me acompanha de um tempo para cá viu que minha vida não se tornou mais pública. Eu vou publicar de tudo, mas não a minha vida. Minha vida particular é para quem está dentro do particular. O problema da rede social é que dessocializa o presente e socializa o ausente. Isso é um ponto perigoso. Você se apega a uma imagem que não sabe quem é e uma parte da geração caminha para ser doutrinado pelo virtual. Isso tem prejudicado a igreja local.

Confira a íntegra da entrevista no podcast e no vídeo acima.

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