Leia também:
X Bispa Keila Ferreira faz aniversário e culto especial

Pr. Ariovaldo Ramos questiona fake news e mídias religiosas

Ele ainda declarou que está desapontado com os meios de comunicação de modo geral

Camille Dornelles - 04/04/2018 09h36 | atualizado em 04/04/2018 14h28

O pastor Ariovaldo Ramos falou no programa Entre Vistas Foto: Reprodução

Durante o programa Entre Vistas, do jornalista Juca Kfouri, o pastor evangélico Ariovaldo Ramos declarou sua opinião sobre o uso de meios de comunicação para fins religiosos. Ele afirmou que é contra o uso de concessões de rádio e televisão por instituições religiosas.

– O Estado é um exercício de poder. A fé cristã é um exercício de serviço – defendeu o pastor.

Ele se manifestou diretamente sobre a maior emissora religiosa do Brasil, a Record TV. Na sua visão, o Estado laico não poderia dar concessões a igrejas.

– Uma concessão pública, como a que a Record tem, me parece que só é possível numa perda total da noção da laicidade do Estado. Todos os meios de comunicação precisam construir um código de ética, baseado na laicidade do Estado e no direito que o cidadão tem à informação – declarou.

Além disso, também discorreu sobre a disseminação de notícias falsas e se mostrou negativo sobre todos os meios de comunicação.

– A mídia brasileira tem feito escola no sentido de adulterar a verdade e a construir narrativas factoides. Um dia ainda vão estudar a mídia brasileira e ela ainda vai ser apontada com a escola das fake news. Porque é assustador – atacou o líder religioso.

Ao Pleno.News, o teólogo e jornalista André Mello afirmou que “no Brasil, os jornais sempre noticiaram aquilo que agora chamamos de fake news entre aspas e citando a fonte”. Para ele, agora, com a internet popularizada, “os internautas é que tiram as aspas e passam adiante”.

– Além disso, vários jornais criaram sistemas de checagem. Citam o outro lado e imprimem seções de opinião separadas das matérias. Penso que o problema não está na “mídia”, mas nas pessoas – ponderou.

Mello também afirmou que “precisamos parar de construir culpados impessoais. Não é o sistema, nem a mídia, nem o mercado”. Ele defendeu que o jornalismo sempre ensina a apontar “quem disse?”.

Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.