Rafael Ramos - 02/07/2019 17h53 | atualizado em 02/07/2019 17h54

Com mais de 300 mil seguidores nas redes sociais, a pastora Jenn Johnson, líder da Bethel Church, na Califórnia (EUA), fez um post polêmico em seu Instagram. Usando o desenho de um arco-íris, Johnson criticou a deturpação do símbolo por parte do movimento LGBT.

– O arco-íris é um sinal da promessa e da aliança de Deus conosco. Este símbolo não será distorcido ou comprometido. Será celebrado pelo que o design original nos fala: Um Pai amoroso que é perfeito e cuida de cada um de nós. Ele te ama! Você foi feito de forma maravilhosa! – escreveu Jenn.

A publicação da pastora teve mais de 55 mil curtidas e foi repostada pelo cantor Chris Durán. Jenn optou por protestar justamente no final de junho, considerado o mês do orgulho gay. Os apoiadores da causa têm no arco-íris o seu maior símbolo e no final dos anos 70 passaram a estampar a bandeira com as cores.

Para a pastora Eristelia Bernardo, da Igreja Internacional da Graça de Deus em Caratinga (MG), a deturpação da aliança de Deus com a humanidade (como descrito em Gênesis 9:16) é a prova de que Satanás vive em função de distorcer a Palavra do Senhor ao longo do tempo.

– No jardim do Éden o vimos enganando Eva após deturpar o que Deus disse. No Novo Testamento, vemos Satanás tentando enganar o próprio Senhor Jesus também deturpando o que a Bíblia diz. Satanás é o pai da mentira, nunca se firmou na verdade e tem como objetivo mudar a verdade de Deus – disse a pastora ao Pleno.News.

Eristelia reforça que a igreja precisa ser ensinada sobre o real significado do símbolo, mas sem a necessidade de levantar uma briga contra a comunidade gay.

– A gente precisa se preocupar em ensinar dentro das nossas igrejas porque o Evangelho é para aquele que anda nas diretrizes do Senhor e que vive segundo a Bíblia. Nós precisamos ter esse entendimento, mas o movimento LGBT não está interessado em conhecer nossa opinião e, para eles, não faz diferença o que pensamos sobre isso.

De igual forma, o pastor Pedrão, da Igreja Comunidade Batista do Rio, defende o arco-íris como marca da igreja, mas desaconselha qualquer luta por símbolos religiosos.

– Nosso foco precisa estar em Jesus e não no periférico. Precisamos voltar ao primeiro amor, olhar para Cristo e para nossa própria vida – afirma.

ASSOCIAÇÃO AO PAGANISMO?
Como o texto bíblico se refere ao símbolo da aliança de Deus apenas como arco, algumas pessoas associam o termo arco-íris à deusa grega Íris, considerada a mensageira dos deuses do antigo Olimpo. Entretanto, o pastor Pedrão reforça que o nome se refere ao pacto feito com Noé.

– O arco-íris foi onde Deus deixou claro que nunca mais interveria no caminhar da humanidade numa forma global. Na época de Noé não existiam relatos de referência à deusas pagãs. Isso surgiu muito posteriormente.

A pastora Eristelia Bernardo explica que não há erro quando a aliança é chamada de arco-íris. De acordo com Eristelia, “há apenas um exagero de interpretação e íris está associada a cores e não há nenhuma relação com a deusa da mitologia grega”.

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