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Pastor polemiza ao proibir TV, corte de cabelo e uso de barba

Proibições também incluem o uso de maquiagem e esportes com bola

Rafael Ramos - 07/06/2019 16h30 | atualizado em 07/06/2019 17h37


Uma resolução divulgada pelo pastor Sebastião Rodrigues de Souza, da Assembleia de Deus no Mato Grosso do Sul, causou polêmica no meio evangélico. Vice-presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), pastor Sebastião defende usos e costumes mais conservadores para homens e mulheres.

No que se refere aos homens, a resolução proíbe o uso de cabelos grandes, barba, cavanhaque, brinco, piercing, shorts, bermuda e camiseta resgata. Já as mulheres devem evitar roupas transparentes, cortar ou tingir o cabelo e fazer as sobrancelhas. As determinações se baseiam no texto bíblico de I Coríntios 11:14-15.

O texto também proíbe assistir televisão, tocar bateria, praticar esportes (especialmente os que envolvem bola) e frequentar cinemas. As regras se baseiam num texto já publicado em janeiro de 1975, conhecido como Resolução de Santo André.

Pastor da Assembleia de Deus proíbe uso de barba Foto: Unsplash/Abby Savage

Diante dessa decisão, o pastor Otoni de Paula, da Assembleia de Deus Despertando Vidas em Inhaúma (RJ), citou o texto da Bíblia que diz para não sermos demasiadamente justos.

– Na minha opinião, os extremos são perigosos acerca dos usos e costumes nas Assembleias de Deus. No que tange ao uso da TV, por exemplo, teria também que proibir o uso da internet, dos smartphone, computadores e até mesmos os celulares. Em termos de evitar a aparência do mal e do pecado, a tecnologia é o maior meio de disseminação – disse Otoni ao Pleno.News.

Cópia da resolução emitida pelo pastor Sebastião Rodrigues de Souza

De igual forma, o pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança em Niterói (RJ), alerta que os evangélicos precisam entender que o legalismo, a defesa de usos ou costumes e a pregação da moralidade não é o Evangelho. Vargens ainda é taxativa ao dizer que “o moralismo não regenera ninguém”.

– Tanto o estilo de mensagem como o conteúdo proclamado nos púlpitos por alguns pregadores brasileiros tem passado bem longe daquilo que a Bíblia considera como Evangelho. O Evangelho é muito mais do que ênfases legalistas e moralistas do tipo “não corte o cabelo”, “não pinte as unhas” ou “não use maquiagem”. O Evangelho é o anúncio da graça que por intermédio de Cristo transforma o pecador cuja vida foi regenerada pelo Espirito do Senhor. Coisa essa que o legalismo não tem poder para fazer.

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