Pastor é sentenciado a 9 anos de prisão na China
Condenação marca novo tempo de perseguição aos cristãos no país
Ana Luiza Menezes - 02/01/2020 20h04
Na China, o pastor Wang Yi foi condenado a 9 anos de prisão. A sentença contra ele foi declarada na última segunda-feira (30).
Segundo o site The Daily Signal, a medida contra o religioso representou uma dura repressão aos cristãos no país asiático. Os Estados Unidos estão exigindo qque Yi seja solto.
Além de ter sido preso, o pastor perdeu seus direitos políticos por 3 anos e foi multado em 50.000 yuanes (cerca de R$ 30 mil). Apesar da condenação recente, Wang foi preso no Natal de 2018 juntamente com sua esposa e mais de cem fiéis da igreja Early Rain Covenant, em Chengdu.
Na época, o Partido Comunista Chinês tinha iniciado uma nova repressão ao cristianismo. Três grandes igrejas, não registradas, foram fechadas pelo governo.
Do grupo preso na ocasião, apenas o pastor continuou detido. Ele passou mais de um ano sob custódia e acabou acusado pelo Tribunal Popular Intermediário de Chengdu de “operações comerciais ilegais” e “incitar a subversão do poder do Estado”. A segunda acusação representa um recurso frequentemente usado para silenciar os oponentes políticos do Partido Comunista no país.
Prisioneiros que enfrentam a suspensão dos direitos políticos, não podem votar ou ser eleitos. Eles também ficam sem o direito de liberdade de expressão, assembleia e imprensa, entre outras restrições.
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