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Papa emérito Bento XVI morre aos 95 anos no Vaticano

Pontífice foi o primeiro a renunciar em quase 600 anos

Pleno.News - 31/12/2022 08h11 | atualizado em 02/01/2023 12h54

Papa emérito Bento XVI morreu aos 95 anos Foto: EFE/EPA/Ettore Ferrari

O papa emérito Bento XVI morreu neste sábado (31), aos 95 anos, no mosteiro Mater Ecclesiae do Vaticano, onde residia desde sua histórica renúncia ao pontificado em 2013, segundo confirmou a Santa Sé em um comunicado.

– É com pesar que anuncio que o papa emérito Bento XVI faleceu às 9h34 (horário local, 5h34 de Brasília) no mosteiro Mater Ecclesiae do Vaticano – afirma a nota oficial do Vaticano, divulgada em seis idiomas.

A preocupação com o estado de saúde do papa e teólogo alemão surgiu na quarta-feira (28), quando seu sucessor, Francisco, reconheceu que ele estava “muito doente” e pediu “uma oração especial” aos fiéis que compareceram à audiência geral.

Pouco depois, o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni, confirmou que a situação de Bento XVI havia se agravado “devido à sua idade avançada”. O secretário pessoal do pontífice emérito, monsenhor Georg Ganswein, afirmou repetidamente nos últimos anos que ele era como “uma vela que se apaga lenta e serenamente”.

Um dia depois da fala do papa Francisco, a Santa Sé garantiu que Bento XVI “conseguiu descansar bem à noite, estava absolutamente lúcido e vigilante” e permaneceu em condição “estável” apesar da gravidade. A situação se manteve no dia 30 de dezembro, quando o papa emérito conseguiu inclusive assistir a uma missa celebrada no seu quarto.

Bento XVI havia decidido passar esses momentos no mosteiro onde residiu desde sua histórica renúncia ao papado, anunciada em 11 de fevereiro de 2013 e consumada em 28 do mesmo mês, pela primeira vez em seis séculos, desde a época de Gregório XII.

Depois de saber da situação de saúde do pontífice emérito, numerosos fiéis se reuniram em diferentes dioceses e templos do mundo para rezar por ele, seguindo as instruções de Francisco.

Desde 2 de abril de 2013, Ratzinger vivia cercado por sua “família” vaticana, composta por seu secretário, um médico, uma enfermeira e quatro leigas consagradas do Instituto Memores Domini, pertencente ao movimento Comunhão e Libertação, que se ocupavam das tarefas domésticas e cuidavam das necessidades do papa emérito.

*EFE

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