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Padre diz que veto a missas é ideia de ‘esquerdista vagabundo’

Líder religioso de SP fez duras críticas ao governador João Doria, chamado por ele de "imundície"

Paulo Moura - 11/04/2021 08h28 | atualizado em 11/04/2021 11h47

Padre critica restrições contra missas presenciais Foto: Reprodução

O veto imposto a celebrações religiosas presenciais pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), virou tema de pregação durante uma missa transmitida ao vivo às vésperas da Páscoa. Na ocasião, havia expectativa em torno de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre pedidos para liberar a abertura dos templos no período.

A rotina de igreja vazia irritou o padre Oscar Donizete Clemente, da Paróquia Imaculado Coração de Maria, em São José do Rio Preto, no interior paulista. Após a celebração da missa no último dia 2, o líder religioso subiu o tom e criticou as medidas que limitaram a entrada nos templos (assista no vídeo abaixo a partir do trecho de 1h18).

O padre criticou Doria, chamado de “imundície”, se referiu a adeptos de ideologias ditas de “esquerda” como “vagabundos” e afirmou que há um plano para transformar o Brasil em um país comunista e acabar com as igrejas no prazo de uma década.

– Por que isso está acontecendo? É por causa do Partido Comunista Chinês. Esse bando de vagabundo não quer mais que Deus esteja presente. Então vamos distanciar, vamos afastar o povo de Deus. Todo mundo acha que é uma beleza, é uma gracinha, mas não vai dez anos, escreve – disse.

O padre ainda estendeu as críticas às demais autoridades responsáveis pela gestão da pandemia e repreendeu o silêncio das lideranças religiosas diante das restrições a atividades coletivas nas igrejas.

– Nunca é demais falar que isto acontece, por causa dessas autoridades incompetentes que nós temos. Os governantes que estão de sacanagem, começando por essa imundície desse governador. Não pode [ir] na igreja, com todos os cuidados possíveis, ter presença do povo na celebração, porque na igreja se pega Covid – protestou.

Clemente também pediu que “o povo da esquerda” se mude para Cuba, ou para a Venezuela, comandada por Nicolás Maduro, onde ele afirmou que”chefes de famílias estão sendo obrigados a comer as folhas da Bíblia” após sessões de tortura.

– Todo esse bando de esquerdista vagabundo batendo palma para essa corja e as nossas autoridades não fazem nada. Mostra, Clóvis, aqui a igreja. É por isso que a igreja está desde jeito que vocês vão ver agora: olha aí, olha que bonito, olha que gracinha, está vendo. Do jeito que o Partido Comunista Chinês deseja – completou.

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