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Organização cria dia para lembrar perseguição religiosa

Data visa conscientizar sobre crimes religiosos pelo mundo

Ana Luiza Menezes - 31/05/2019 16h43 | atualizado em 31/05/2019 17h06

Igreja síria destruída por bombas em ataque do Estado Islâmico Foto: Portas Abertas

Com o apoio de vários países, a Polônia apresentou uma resolução à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), estabelecendo o Dia Internacional das Vítimas de Violência contra Religião e Crença para 22 de agosto. Entre as nações que apoiaram a iniciativa estão Brasil, Canadá, Egito, Iraque, Jordânia, Nigéria, Paquistão e Estados Unidos.

A resolução foi aceita, por unanimidade, por todos os países que fazem parte da ONU. A aceitação representa um passo histórico, pois é a primeira vez que as Nações Unidas dedicam um dia à prevenção da violência por motivos religiosos.

A decisão chega em um momento em que a intolerância religiosa atinge níveis insuportáveis em todo o mundo. Atualmente, segundo dados da própria ONU, mais de 10 conflitos existentes no mundo são de fundo religioso.

A resolução inclui em seu texto todos os atos contra pessoas que escolham uma religião, bem como seus bens, prédios, propriedades.

– Deploramos fortemente todos os atos de violência contra as pessoas com base em sua religião ou crença, bem como quaisquer atos dirigidos contra seus lares, empresas, propriedades, escolas, centros culturais ou locais de culto, assim como todos os ataques contra e em lugares religiosos, locais e santuários que violam o direito internacional – informa o texto.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, enxerga um momento crucial na luta contra o discurso de ódio e contra o extremismo. Para ele, tal ação exigirá ainda a mobilização de líderes políticos e religiosos em prol da coexistência pacífica.

– Em todo o mundo, estamos vendo uma onda perturbadora de intolerância e de violência baseada em ódio atingindo fiéis de muitas fés – lembrou Guterres.

Ele lembrou também de ataques a sinagogas e mesquitas. O atentado a igrejas cristãs no Sri Lanka, no domingo de Páscoa, não ficou esquecido.

– Tais incidentes tornaram-se familiares demais: muçulmanos abatidos em mesquitas, com seus locais religiosos vandalizados; judeus assassinados em sinagogas, com suas lápides desfiguradas por suásticas; cristãos mortos em oração, com suas igrejas frequentemente incendiadas e explodidas. Os locais de adoração, em vez de serem os abrigos seguros que deveriam ser, tornaram-se alvos – avaliou.

PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS
O cristianismo é considerado a religião mais perseguida do mundo. Segundo a organização não-governamental Portas Abertas, que há mais de 60 anos apoia cristãos perseguidos em regiões de extrema perseguição e intolerância religiosa, mais de 245 milhões de pessoas são perseguidas no mundo por simplesmente declarar sua fé em Jesus Cristo.

A instituição defende que a data criada, que lembra as vítimas de violência contra a religião, é significativa para criar maior conscientização sobre as questões enfrentadas pela igreja Perseguida e certamente alertar o mundo sobre conflitos e realidades que vivem os cristãos pelo mundo.

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