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Mulheres fazem a diferença por meio de ações humanitárias

Cristãs que fazem a diferença no trabalho voluntário

Marcos Caetano Jr - 29/03/2022 13h04 | atualizado em 29/03/2022 14h32

Série mostrará importantes mulheres de fé

O dicionário Aurélio define a palavra voluntária como “o que não é forçado; que só depende da vontade própria; que é espontâneo”. Foi sob essa ótica que fomos conhecer cristãs, que fazem a diferença por meio das ações humanitárias voluntárias com as quais estão envolvidas.

Missionária Dirce Oliveira Foto: Arquivo pessoal

A missionária Dirce Oliveira mora no Engenho da Rainha, bairro da Zona Norte, do Rio de Janeiro. Ela é membra da Assembleia de Deus Central. Por meio do projeto Missionários em Ação, Dirce, que é diarista, leva alimentos para moradores de rua e usuários de drogas em cracolândias. Ela aproveita esse contato tão sensível para também anunciar a palavra de Deus. Dirce explica como a fé é importante nessa missão.

– Os projetos chegaram quando eu vi a necessidade de alguém aceitar a Jesus, mas não ter um acompanhamento. E assim nós fomos avançando. A ação chegou além do que eu poderia imaginar, porque quando nós abrimos o coração, sabemos que temos um chamado e deixamos Deus trabalhar. É só assim que a gente vai muito além. Quando eu olho para alguém que está lá precisando, que está jogado, eu já estou olhando com aquela fé, crendo que ali vai haver transformação. E ali, nós conseguimos nos aproximar, ajudar, e o Senhor tem feito grandes obras – conta Dirce.

Dálida Ruiz Foto: Arquivo pessoal

No livro de Provérbios, capítulo 31, versículo 10, a palavra diz: “O valor da mulher virtuosa excede o de muitos rubis”. Em alguns casos, o agir voluntário é tão virtuoso, que produz incríveis pedras preciosas. É o caso da missionária Dálida Ruiz, que mora na África, e por meio do projeto Diamantes Negros ajuda mais de 600 crianças órfãs, em Moçambique. Ela fala que tudo começou a partir de um sonho.

– Deus me mostrava um rio, e eu com uma rede, e algumas pessoas segurando essa rede. Quando nós levantávamos, havia diamantes, e eram negros. Eu vi que os diamantes negros realmente têm aqui na África. As crianças africanas são diamantes negros. São uma das pedras mais caras. Então, eu vi Deus realmente falando que essas crianças são preciosas. É um grande trabalho alimentar toda essa turma. É um desafio. São crianças órfãs, vulneráveis, numa situação precária, onde nós damos assistência. Mas elas são treinadas, têm brincadeiras, reforço escolar, têm aulas de dança, música, aprendizado do evangelho, têm aulas de corte e costura – relata Dálida, entusiasmada.

Irmã Fátima Gomes Foto: Arquivo pessoal

Já no coração do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, a irmã Fátima Gomes, de 67 anos, faz pulsar um pouco de esperança para famílias em vulnerabilidade social. Mesmo na luta contra um câncer de mama e sem uma das pernas, que precisou ser amputada, ela segue firme na assistência a crianças, jovens e principalmente mulheres, por meio do projeto Posso Crer no Amanhã. Ela conta que tudo começou naturalmente. Esse trabalho foi reconhecido pela Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, e Fátima dedicou esse reconhecimento a todas as mulheres.

– Essas ações são todas realizadas aqui na minha residência. E durante essa pandemia, essas famílias foram assistidas com ajuda de cestas básicas, regulamentação de documentos. E para as crianças, reforço escolar. Em novembro de 2021, eu recebi uma homenagem na Câmara de Vereadores pelo movimento negro, em reconhecimento a todo nosso trabalho. Todas as mulheres foram representadas. Mulheres negras das favelas, morros e periferias – conta Fátima.

Bianca Simãozinho Foto: Arquivo pessoal

Agora, algumas mulheres descobrem o chamado para o voluntariado ainda muito cedo. Foi assim com a irmã Bianca Simãozinho, da Comunidade da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Ela descreveu como o Instituto Mundo Novo, que desenvolve ações de educação e cultura, nasceu no coração dela quando ainda era menina. Hoje, 19 anos depois da fundação, o projeto já atendeu a mais de dez mil crianças.

– Quando eu era criança, me deparei demais com as desigualdades sociais. Então, quando eu terminei o meu ensino médio, foi quando decidi levar oportunidade para crianças que assim como eu, não tinham oportunidade. Hoje o Instituto Mundo Novo atende mais de 250 crianças e mais de três mil famílias da Comunidade da Chatuba, em Mesquita. No início, era um sonho de criança; depois, se transformou em realidade. A minha missão é transformar vidas, levando de fato um mundo novo para a vida das pessoas – assegura Bianca.

Nesta quarta-feira, na terceira reportagem desta série, vamos conhecer histórias de Mulheres de Fé – Liderança Jovem.

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