Thamirys Andrade - 06/07/2023 17h16 | atualizado em 06/07/2023 19h07

O Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais pediu que a Justiça ordene a remoção das pregações em que o pastor André Valadão faz declarações contra grupos LGBTQIA+. O órgão ainda requer que o líder cristão pague R$ 5 milhões por danos morais e que arque com as despesas de produção e divulgação dos contrapontos às suas falas.

– A liberdade religiosa deve ser preservada e, decerto, pastores podem continuar a citar a Bíblia em seus cultos. Todavia, não pode ser admitido o discurso que vai além e prega a discriminação e incita a violência física contra a população LGBTQI+, que não está acobertado pelo manto da liberdade religiosa e de expressão – declarou a procuradora da República Ludmila Oliveira, que assina o pedido do MPF.

A entidade também solicita que o Google e o Instagram avaliem as postagens do pastor por possível “violação à política de combate ao discurso de ódio dessas plataformas”. O Google, entretanto, afirmou que o vídeo chegou a passar por revisão e não foi removido por não violar as Diretrizes da Comunidade.

No mês de junho, considerado mês do orgulho gay, o líder religioso promoveu uma série de pregações cujo tema era Deus odeia o orgulho, na Lagoinha Orlando Church, nos Estados Unidos. O pastor voltou a tratar do tema em uma pregação no último domingo (2), cuja temática era Censura Não.

Valadão afirma que teve suas falas distorcidas e que nunca defendeu a morte de homossexuais, mas sim um retorno à essência da vontade divina para a humanidade.

Confira seu pronunciamento:

 

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